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Segunda-feira, 31 de Outubro de 2005
Mais um candidato a presidente veio ao Porto. Este diz que é de esquerda. Veio apresentar a comissão de honra. Como, segundo o próprio, é de esquerda, tentou atacar o candidato da direita. A única forma que encontrou, porque quanto à questão essencial não existem diferenças, foi a de fazer ressaltar a contradição que consiste no facto de esse outro candidato receber a reforma referente ao tempo em que foi 1º ministro (portanto receber proventos referentes à actividade profissional de político) e negar ser político profissional. Ora, se olharmos bem, tanto um como outro desses dois candidatos o que pretendem fazer é exactamente o mesmo: ambos tentam colher entre os desiludidos da política, e a única diferença entre eles é uma diferença de marketing. Na verdade ambos defendem a política que o actual governo tem vindo a aplicar e que eles, quando estiveram no poder também prosseguiram. É o facto de não haver diferenças de política, qualquer que tenha sido o governo que tenha governado nos últimos trinta anos, é que leva uma parte dos cidadãos a acharem que não vale a pena, que a política é sempre a mesma coisa, e que essa coisa é a favor dos políticos e contra a maioria do Povo. Face a isto a táctica de marketing de um é tentar trazer para a sua política esse sector do povo dizendo que não é político profissional; a táctica de marketing do outro é a do discurso moral com esse mesmo objectivo. Ao tentar centrar aqui o discurso passam ambos, como gato sobre brasas, sobre assuntos importantíssimos, esses sim mobilizadores, como por exemplo o que fazer a um governo eleito com base num conjunto de promessas e que depois, com base no argumento de que não conhecia a situação real, faz exactamente o contrário do que prometeu. Isso e o futuro do País é que interessa aos trabalhadores. Neste momento, neste capítulo e no que respeita a estes dois candidatos, apenas temos o vácuo.
Sexta-feira, 28 de Outubro de 2005
Veio ao Porto um famoso candidato apresentar o seu manifesto ao País. Já sabíamos que a dadas criaturas a vergonha é sentimento que não tolhe o passo. Ou será antes inconsciência? Veio tal senhor apresentar-se como impoluto, quando todos sabem que está completamente poluído por 10 anos de chefia do Governo. Para isso usa um truque: no tempo dele de governo é que foi bom, e depois um grupo numeroso de aplaudentes que pretendem, com o muito barulho que fazem, fazer crer que isso é uma verdade reconhecida. Pois a verdade é que o tempo desses governos foi o tempo da destruição da economia nacional a troco de umas quantas auto-estradas, foi o tempo da ilusão na UE. Foi esse senhor que iniciou a época da fuga às responsabilidades por parte dos chefes de governo quando surgem dificuldades. Agora diz que vem porque a situação é má. Mas ele é um dos principais responsáveis dessa mesma situação. A política que sempre defendeu e defende e que é a mesma que o governo actual aplica, teve como consequência o estado de crise actual da economia e da sociedade portuguesa. Daí não espantar o seu apoio ao governo. Daí não espantar que os trabalhadores portuenses se oponham a tal candidato.
Quinta-feira, 27 de Outubro de 2005
Uma enorme campanha tem vindo a ser levada a cabo a propósito da gripe das aves e da possibilidade de, em certas condições, ela vir a ser a origem de uma pandemia. Não seria propriamente a questão de vir ou não vir a haver uma pandemia, seria a questão de saber quando é que essa pandemia ocorreria que estaria em jogo. Daí um conjunto de medidas tomadas pelo Governo a conselho da DGSaúde. Sem dúvida que a saúde pública tem que ser um dos objectos primordiais das preocupações dos governantes. Todas as medidas devem ser tomadas para preservar a vida dos cidadãos. Essa é a aparência. Isso é o que ressalta da enorme campanha em curso. E quanto a essas prioridades estamos de acordo. Mas será relmente essa preocupação e essa a atitude dos governantes? Uma real desatenção (ou talvez não) do ministro Correia de Campos veio iluminar a questão: afinal não se trata principalmente da saúde pública o que se trata é de uma oportunidade de negócios. Tal e qual, como há uma insuficiência mundial de capacidade de produção de vacinas (aqui parece que o ministro confundiu um pouco as coisas, não se trata da falta de capacidade de produzir vacinas mas de anti-vírus, o problema das vacinas é outro) então há um aspecto positivo de tudo isto: uma oportunidade de negócio para os laboratórios instalados no território nacional. Daí a compra dos dois milhões e meio de tratamentos completos anti-víricos, não vacinas, anti-víricos. O pagamento já se está a fazer. A oportunidade de negócio já se concretizou. Mas não para os laboratórios nacionais. Ou talvez seja a paga acordada: compramos 2,5 milhões de tratamentos completos e os senhores instalam aqui ou cedem a autorização para a instalação da capacidade de produção desses produtos. A saúde pública foi apenas o primeiro pretexto propagandístico. A economia nacional foi o segundo pretexto propagandístico. A mola real foi outra coisa.
Quarta-feira, 26 de Outubro de 2005
Mais um candidato vem com a história de que é um grande democrata e defensor da liberdade de expressão. Quem ontem ouviu o candidato Mário Soares, que não disse mais do que as mesmas balelas que o candidato Cavaco Silva já houvera dito há dias, falar da sua disponibilidade para participar em todos os debates não pondo condicionalismos de qualquer espécie à sua participação e aí desligasse o receptor, ficaria convencido que sim, este seria um candidato verdadeiramente democrático. Quem teve a paciência de ouvir mais um pouco ficou esclarecido: afinal o que defende é o mesmo, para ele só existem os cinco candidatos do regime, todos os outros para esse senhor não existem e, portanto, com estes não parece disposto a discutir. Deve estar lembrado de como, no único debate com todos os candidatos que se realizou nas anteriores eleições presidenciais, o claro vencedor foi o Garcia Pereira. Não quer ser derrotado em debate como o foi Sampaio. Assobia para o lado, faz de conta que não sabe, aí está a sua animalidade política.
Terça-feira, 25 de Outubro de 2005
Veio há dias o candidato à presidência Manuel Alegre queixar-se perante os ógãos de comunicação social que se estaria a preparar um silenciamento das candidaturas para além das duas apoiadas pelos partidos do bloco central. Queixava-se e argumentava que, até ao voto, todas as candidaturas são iguais, pelo menos em democracia deveria ser assim. Congratulamo-nos com esta posição mas estranhamos que só agora venha a torná-la pública: ainda há bem pouco tempo se realizaram eleições para os órgãos das autarquias locais, onde metade das candidaturas foram silenciadas e oportunidade para tomar posição sobre o assunto, e só tivemos o silencio cúmplice desse democrata de 11ª hora. Aliás o que parece é que estará de acordo com o silenciamento de todas as candidaturas que provenham de fora dos partidos do poder. É isso que indicia quando propõe debates a cinco. Dessa democracia estamos fartos. A democracia para os responsáveis da situação que o país vive tem como contraponto o obscurantismo e a opressão para o povo. LIBERDADE PARA O POVO!
Quarta-feira, 19 de Outubro de 2005
Promovido pela Associação de Investigação e Debate em Serviço Social (A.I.D.S.S.) realiza-se o Seminário "Direitos, Políticas, Marketing e Intervenção Social no Séc.XXI", que decorrerá nos dias 20 e 21 de Outubro de 2005 a partir das 14:30, no Auditório da Universidade Católica do Porto. O Garcia Pereira vai ser um dos oradores.
Terça-feira, 18 de Outubro de 2005
O Ministro das Finanças apresentou ontem a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano. As reacções foram as esperadas. Os comentadores e os Economistas tecem as maiores loas; os partidos da oposição "oficial" contestam um ou outro aspecto. Mas todos se esquecem que este orçamento é mais uma prova de que o Governo é um fantache nas mãos do BCE e da CE. A receita destes dois organismos da UE é a receita do Capital: utilizar o Estado para expropriar os pobres e dar condições cada vez melhores aos capitalistas para explorar o trabalho humano. É esse o orçamento, nada mais.
Sexta-feira, 14 de Outubro de 2005
Ontem o metro esteve parado cerca de hora e meia. O motivo inconcebível: faleceu um passageiro numa composição na Trindade e não havia meios para remover o cadáver. Esta ausência de meios não é real, os meios existem, a polícia tem as ambulâncias próprias para a remoção de cadáveres, deixou de ter foi essa atribuição que passou recentemente para os bombeiros. Isto é só um exemplo de como as decisões se tomam e de como se resolvem os problemas. Andam a gozar connosco.
Quarta-feira, 12 de Outubro de 2005
Quando, faz hoje 33 anos, na sessão contra a guerra de agressão ao Vietname que se realizava no anfiteatro novo de económicas em Lisboa, Ribeiro Santos foi assassinado pela PIDE, já se desenhava a crescente onda de revolta popular que desembocou com a saída à rua massiva do povo, contra a vontade dos golpistas, no próprio dia do 25 de Abril. O exemplo de luta de Ribeiro Santos foi o sal que temperou a vontade do povo. A partir de 12 de Outubro de 1972 o fascismo estava condenado em Portugal. A sua postura de não quebrar, de não torcer perante qualquer inimigo por mais feroz que ele fosse é, ainda hoje, o exemplo para todos os que lutam pela causa do povo. Também no Porto. HONRA A RIBEIRO SANTOS!
Segunda-feira, 10 de Outubro de 2005
Obtivemos 767 votos. Subimos em Campanhã, Miragaia e Vitória. Nas restantes freguesias baixamos a votação. De qualquer forma parece-nos que a eficiência da propaganda, comparativamente aos outros Partidos, foi boa: 0,13€/voto. Estes resultados só demonstram o grande trabalho que ainda está à nossa frente. Vamos continuar com este blog, inicialmente destinado à propaganda para esta campanha eleitoral. É um recomeço. Quem quiser poderá comentar quer artigos actuais quer artigos antigos. Isso é uma coisa boa. Talvez isso nos premita "afinar" melhor as formas de divulgação dos nossos pontos de vista.
Sexta-feira, 7 de Outubro de 2005
Termina hoje a campanha eleitoral. O acesso aos órgãos de comunicação social foi negado à maioria das candidaturas. A RTP escarneceu das decisões da CNE ao negar a participação, no debate que ocorreu na passada 4ª feira, de cinco das candidaturas à CM do Porto. O critério dessa estação pública, e por isso com maiores responsabilidades na matéria, foi dar voz às candidaturas dos Partidos responsáveis pela gravidade da situação actual. Todos eles estão representados nos órgãos que agora cessam mandato. Todos eles já provaram na prática que as suas políticas não servem a maioria dos cidadãos portuenses. A haver, por absurdo, critério racional para excluir candidaturas de debates, esse critério seria o de excluir aqueles cujas políticas já são por todos conhecidas, não só pelas palavras mas também pelos actos, ainda por cima actos cujas consequências gravosas para a maioria estão à vista de todos. Não o inverso. Por outro lado a ineficácia das decisões da CNE põe também em causa a existência de um Estado de Direito em Portugal, põe a nossa democracia ao nível da democracia de uma qualquer república das bananas. De notar também que nenhum dos candidatos que na ocasião foram discriminados positivamente, sequer referiu a sua posição de vantagem ilegal relativamente às outras candidaturas (também, pudera...). A ideia de democracia desse candidatos é igual à ideia de democracia da defunda União Nacional. É essa a base em que pensam vir a governar a cidade do Porto. Cidadãos do Porto, terra de orgulho e da liberdade!: Se quereis defender a democracia, tereis de negar o vosso voto a esses senhores! Em 9 de Outubro votai no PCTP/MRPP!
Quinta-feira, 6 de Outubro de 2005
Parece haver um amplo consenso em matéria de urbanismo, habitação e mobilidades. Todos parecem estar de acordo em relação aos grandes princípios que devem orientar a acção da Câmara nessas matérias: prioridade à reconstrução e recuperação em relação a novas construções, construir os equipamentos sociais em falta nos diversos bairros, priorizar a resolução dos problemas sociais, favorecer o transporte público em detrimento do transporte privado. Desde o Partido mais à direita até nós, apesar das variantes no que respeita à linguagem, para todos, estas são as orientações gerais. Por isso temos que acentuar, ainda que brevemente, alguns dos aspectos em que o nosso programa é diferente. Esses pontos são essenciais para o que já está programado e estudado possa ser frustrado no objectivo de favorecer os 10% do costume e, pelo contrário, possa vir a servir os outros 90% de cidadãos do Porto. Sim, o mal está aí: "eles" já estudaram os problemas e, ao estudá-los, também já encontraram as soluções que beneficiam uma pequena minoria em desfavor da grande maioria. E quais são esses pontos? 1º colocar a escola, em sentido lato, no centro da vida das comunidades que compõem a cidade, em todos os aspectos. 2º Limpar a Câmara, as Fundações, as Empresas Municipais, etc. dos homens de mão dos Partidos que até hoje estiveram no poder. Admissões com base em critérios objectivos, claros e de igualdade de facto para todos os cidadãos. 3º Criação de Serviço Público de distribuição domiciliária dos bens de consumo diário nas zonas da cidade em que o trânsito automóvel privado venha a ser proibido (já estamos aqui a dizer que proibiríamos o trânsito automóvel privado em zonas da cidade) 4º Fazer tudo para que o preço de uma habitação digna seja comportável para todos os cidadãos, podendo ir mesmo até ao confisco de prédios. 5º Planear a aproximação da habitação do local de trabalho em articulação com a plano de recuperação das zonas degradadas do Porto. Há mais umas diferençazitas, mas estas são as que determinarão o sentido e a opção de classe nos domínios referidos.
Segunda-feira, 3 de Outubro de 2005
Desde há uns anos a esta parte, tem surgido uma teoria, subscrita por muitos empertigados comentadores, que consiste no seguinte: os autarcas têm poder e, tendo poder são corruptíveis; por isso, para evitar a corrupção, têm de ser bem pagos; é que assim não estariam sujeitos à tentação de trocar um favor por um pagamento. Esta teoria tem uma nuance: os autarcas ou, mais genericamente, os políticos têm de ser bem pagos para que a vida política seja atractiva para "os melhores". Esta nuance é no geral acompanhada por uma outra teoria, a de que a vereação deve ser composta por técnicos especialistas em dada matéria. Belas teorias, sem dúvida muito convenientes. Um dos grandes defensores desta teoria é o actual presidente da Câmara. Por isso escolheu a sua lista segundo esse critério. O mesmo fizeram as oposições "oficiais". Fica-lhes bem! O mal é que essas teorias são falsas. Todos os factos provam que em vez de evitar a corrupção, esse modelo apenas serve para atrair mais e piores corruptos. Basta olhar para as ferozes disputas por lugares elegíveis nas listas dos partidos que habitualmente elegem candidatos, para perceber que é assim. Eles não lutam por uma política nem por convicções, eles disputam lugares. E quanto melhor forem pagos, maior será essa disputa. Só há uma maneira de quebrar isto: O salário dos autarcas tem de ser igual à média dos rendimentos dos eleitores do círculo em causa; E o Povo tem de ter a possibilidade de exercer o controlo democrático sobre a actividade da Câmara. É o que defendemos. É o que aplicaremos.
Domingo, 2 de Outubro de 2005
Há sem dúvida uma matéria em que os outros partidos nos têm levado a melhor. Conseguiram convencer uma parte substancial dos eleitores que o comunismo é igual a pobreza e que capitalismo é igual a riqueza. Com isso mataram a esperança, feita de razão, em muitos corações. Com isso amarraram, em muitos, a vontade de lutar por um mundo melhor. Hoje, uns fazem pela vida e, ao fazê-lo, transformaram-se em miseráveis. Outros acomodam-se, e o que os espera é a miséria. Mas isto está a ser entendido: já ninguém acredita no que dizem. Fingem acreditar, mas o seu coração diz-lhes que não acreditem. Temem porque as ameaças são permanentes e assustadoras. Mas no seu coração começa a crescer a coragem. É preciso que essa coragem se manifeste. Trabalhadores do Porto!: Pouco do que os outros partidos prometem será cumprido. Aquilo que for cumprido não será em vosso benefício. Será em benefício da mesma corja do costume: os 10% que têm beneficiado com todas as políticas anteriores. Esses continuarão a enriquecer. Vocês a empobrecer. A única coisa para que serve o vosso voto se for dado a esses malandros é para aumentar a vossa pobreza. Esta é a verdade. Lutem por um mundo melhor, porque na luta final O POVO VENCERÁ!
Sábado, 1 de Outubro de 2005
Hoje queremos chamar-vos a atenção para uma relação particularmente interessante: a relação entre a cultura e a economia. A cultura de uma comunidade é a forma própria dessa comunidade utilizar os recursos que lhe são acessíveis. A economia, pelo seu lado, trata de procurar a melhor forma de utilizar aqueles recursos que são escassos. Quando um dado recurso é suficientemente abundante, a relação da comunidade com esse recurso é apenas cultural. Se, pelo contrário, esse recurso é escasso, então aí temos uma relação cultural e também uma relação económica entre a comunidade e o recurso em causa. É muitas vezes a nossa ignorância que torna os recursos naturais escassos, ou seja, torna-os objecto da economia. Outras vezes a razão pode encontrar-se na apropriação privada do recurso para além das necessidades individuais de cada um. Vem tudo isto a propósito da crise que vivemos. Ela é uma crise económica mas também uma crise cultural: a forma económica de utilizar os recursos já não se adequa à cultura dominante. Novas formas de utilizar os recursos são necessárias. Uma nova cultura é necessária. Essa nova cultura já existe embora sob uma forma subalterna na sociedade. Ela é a forma proletária de utilizar os recursos, bem diferente da forma capitalista de os usar. As artes são uma sublimação da cultura: quando positivas são uma espécie de apontar o futuro no que respeita á cultura e também, por via da relação estreita entre as duas, à economia. O Porto tem produzido uma enorme quantidade de jovens artistas. É sinal que tem uma enorme vontade de mudar. O apoio às artes pela Câmara tem sido nulo. É sinal de que quer manter tudo na mesma. Por tudo isto o nosso programa contempla o apoio às colectividades e iniciativas culturais com a disponibilização, para o efeito, os equipamentos e outros meios considerados indispensáveis. Por isso apoiaremos os artistas.