Numa só semana ocorreram 3 incêndios em edifícios na Póvoa de Varzim e as peripécias que ocorreram no ataque aos mesmos tornaram visível a qualquer um, mesmo aos mais distraídos, que não existe uma capacidade suficiente para ocorrer eficazmente a situações de incêndio urbano.
Nos dois casos ocorridos na cidade (o mercado está a 150m do quartel dos bombeiros e a Av Vasco da Gama está a menos de 5 min de carro) os bombeiros foram muitíssimo rápidos a chegar aos locais dos sinistros mas essa rapidez de chegada não se traduziu numa rapidez de intervenção por aparente falta de meios.
Na Av. Vasco da Gama os bombeiros chegaram com mangueiras e auto-tanque e com escadas que chegariam para subir, quando muito, ao 2.º andar; ora o incêndio ocorria num 10.º andar; teve que vir um outro carro com bombeiros armados com botijas de (penso) pó químico os quais tiveram de subir os dez andares pelas escadas para combaterem o fogo; chegados ao local foi um instante enquanto debelaram o incêndio, mas desde o momento em que os primeiros bombeiros chegaram e o momento em que puderam actuar, bem que passou uma meia-hora.
No mercado a história foi semelhante, mas pior, com os bombeiros à procura de quem tinha a chave do mercado, a subirem com escadas simples ao telhado, colocando-se em risco para combaterem o fogo e a terem que chamar a auto-escada dos bombeiros de Vila do Conde.
Perante isto os distraídos da situação (PSD e CDS) e da oposição (PS) "lembraram-se" que "há mais de dez anos" que reclamam uma auto-escada para os bombeiros da Póvoa de Varzim mas, como sempre, depressa se irão esquecer. É uma evidência essa necessidade de uma auto-escada, mas igualmente é uma evidência a incúria de quem permitiu construir de determinada forma sem cuidar dos meios necessários para acudir aos sinistros que aí poderão ocorrer (convem lembrar a elevadíssima concentração de edifícios com mais de 10 andares existente na Póvoa de Varzim, existindo mesmo um deles com 28 andares, onde, não há muito tempo, houve um incêndio de combate muito difícil, apesar de ocorrido nas caves).
Para incêndios urbanos o estado de preparação é este, mas será que para incêndios florestais a situação é melhor?
Prevê-se que o ano que vem será um ano de agravamento do risco de incêndios tanto urbanos como florestais (aumento significativo da actividade solar) o que se irá fazer na Póvoa de Varzim e no resto do país em função desse aumento de risco conhecido?
No meio disto tudo ainda há a denunciar a tentativa da Câmara de responsabilizar exclusivamente os vendedores do mercado pelo ocorrido, esquecendo que, se bem que a origem do sinistro possa ter sido uma vela a um santinho e não um curto-circuito, e botijas de gás proibidas no local tenham agravado a situação, também é verdade que não existia qualquer plano como o prova o facto de os bombeiros terem de andar à procura das chaves do mercado e isso é da responsabilidade da protecção civil, ou seja, em primeiro lugar da Câmara.
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