A reboque da nova desculpa para tudo, imposição da tróica, o governo prepara-se para dar mais uma machadada no já periclitante sector dos transportes públicos.
Com a falta de vergonha que se lhe reconhece, o governo anunciou aumentos médios de 15% nos preços dos passes sociais e restantes títulos de transporte ao mesmo tempo que, na realidade, os aumentava entre os 15 e os 30%. Seguindo as recomendações da tróica, estes senhores colocam assim em marcha mais um processo de privatização à moda do PS/PSD/CDS que terá, como todos os outros, um final desastroso, quer para os utilizadores do serviço, quer para os próprios trabalhadores.
Como se isto não fosse já suficiente, o governo entendeu que deveria criar um passe para “os mais desfavorecidos”, combatendo assim, dizem eles, as injustiças sociais no acesso à mobilidade. Entenda-se, porém, que esta “benesse” carece de explicação: é nada mais, nada menos que uma tentativa, por um lado, de rebaixamento e amordaçamento daqueles que pouco ou nada têm para viver, fazendo com que a sua dependência destas “esmolas” seja cada vez maior e, por outro, de controlo social da pior espécie. E nada melhor do que estes versos de um autor português bem conhecido para explicar esta pantominice que está a ser levada a cabo que põe em causa a igualdade e que acrescenta uns tiques fascistas a todo este triste episódio: “num gesto largo, transbordante, dei-lhe(s) tudo o quanto tinha, excepto, naturalmente, o que estava na algibeira onde tenho mais dinheiro (…) romantismo sim, mas devagar”.
Perante afrontas deste calibre, a resposta só pode ser uma e tem de ser firme e sem hesitações: NÃO PAGAMOS!
Os trabalhadores e o povo português não têm de pagar as facturas que tendo sido contraídas em seu nome, o foram nem em seu benefício nem com o seu consentimento. Os trabalhadores e o povo português têm de se erguer e dizer com viva voz a estes senhores que o seu reinado de trapalhadas e mentiras chegou ao fim! Os trabalhadores e o povo português têm de uma vez por todas que saber dizer NÃO!
NÃO PAGAMOS AS AVENTURAS E OS NEGÓCIOS NEO-LIBERAIS DO GRANDE CAPITAL! NÃO PAGAMOS A DESTRUIÇÃO DO NOSSO PAÍS!
NÃO PAGAMOS ESTES AUMENTOS ABUSIVOS!
FORA COM ESTE GOVERNO VENDE-PÁTRIAS!
POR UM GOVERNO DEMOCRÁTICO PATRIÓTICO!
Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP
28 Julho de 2011
Não pagar bilhete é legítimo! Mais legítimo do que os aumentos propostos! Mais legítimo do que o poder deste governo! Mais legítimo do que o memorandum da tróica! NÃO PAGAMOS ATÉ À REVOGAÇÃO DOS AUMENTOS! |
É em torno da palavra-de-ordem “Não pagamos!” que tem de ser organizada a resistência ao novo imposto.
Não pagamos a dívida e não pagamos o imposto!
O governo Passos Coelho/Cavaco/Paulo Portas é responsável por um autêntico assalto aos bolsos dos trabalhadores portugueses ao decapitar metade do 13º mês/subsídio de Natal.
Foi uma encenação, demonstrativa da podridão ideológica burguesa, o que se passou no anúncio do roubo feito pelo primeiro-ministro e na “explicação” sobre os pormenores do mesmo feita pelo ministro das finanças.
Um veio “justificar” a necessidade imperiosa do novo imposto com a descoberta de um “desvio colossal”. O outro veio dizer que entre as palavras “desvio” e “colossal” haveria outras que, na sua imaginação e interpretação, quereriam dizer que haveria, sim, desvio mas o que realmente era colossal era o trabalho para o corrigir e não o desvio... e que, entretanto, o que justificava o novo imposto seria uma atitude de prevenção e não uma necessidade imperiosa…
Um anunciou que seria um imposto que incidiria sobre todos os rendimentos (e por isso seriam precisos alguns dias para serem estudados os pormenores…). O outro veio “explicar” porque é que os juros e os dividendos, ou seja, os rendimentos provenientes de capital, ficam isentos…
Um anunciou um imposto extraordinário, só para este ano. O outro vai “explicando” que não é bem assim, que vai tentar que para o ano não seja necessário cobrá-lo…
Estórias… porque todos sabemos que este imposto se destina a tapar o buraco aberto nas contas públicas pela imposição da tróica, subscrita pelo governo anterior e pelos partidos deste governo, de diminuir em vários pontos percentuais a “taxa social única” paga ao Estado pelas empresas. Portanto, trata-se, de facto, da existência de um desvio, mas promovido pela tróica e por este e o anterior governos, dos já parcos bolsos dos trabalhadores para engordar os capitalistas.
Por esta amostra podemos antecipar que o ministro das finanças é um ministro a prazo a sacrificar, como bode expiatório, no altar da “opinião pública”, do inevitável desastre económico que se aproxima cada vez mais rapidamente pela acção do próprio governo. Ter um “bode” parece ser o plano deste governo para se salvar e prolongar o seu reino de terror sobre os pobres e os trabalhadores.
Este ataque aos parcos rendimentos das famílias trabalhado-ras tem de ser firmemente recusado e combatido nas ruas, nas fábricas, nos campos e em todos os locais onde vive e trabalha a população trabalhadora, onde se incluem os precários e também os desempregados.
Só uma atitude de capitulação e de subserviência perante a chantagem da dívida pública pode impedir que seja lançado de imediato um forte movimento de luta para exigir a revogação do novo imposto.
É inadmissível que os partidos da oposição parlamentar que se dizem de esquerda e os dirigentes das centrais sindicais se limitem agora a clamar por uma “justa repartição dos sacrifícios”, legitimando assim o novo imposto e os sacrifícios a que são forçadas as classes trabalhadoras para pagar uma dívida que não é sua.
É em torno da palavra-de-ordem “Não pagamos!” que tem de ser organizada a resistência ao novo imposto.
Não pagamos a dívida e não pagamos o imposto!
Por um governo democrático patriótico!
Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP
Julho de 2011
Uma justa revolta popular estalou mal se soube do fecho das lojas dos CTT do Monte dos Burgos e do Campo Lindo, ao som da palavra de ordem “o correio é do Povo !”.
E o fecho dessas lojas é apenas um começo: só no Porto está previsto, no curto prazo, o encerramento de mais outras 7. No resto do país ainda não se sabe. Mas sabe-se que o pretexto é a execução de uma “decisão do accionista” (que é o Estado burguês através do governo) de “reduzir os custos” em 15%.
Não é preciso ser perito para perceber que esta “redução de custos” não é nenhuma redução de custos mas apenas uma transferência de custos dos CTT para quem usa os serviços entretanto encerrados, nomeada e particularmente, entre outros, para aqueles que são obrigados pelo próprio accionista Estado (dirigido pelos governos da tróica) a utilizar esses serviços. É o caso de quem é obrigado, pelas decisões governamentais de controlo social, a receber os rendimentos por vale do correio. Só no Porto, essas pessoas são várias dezenas de milhar.
Encerrados os serviços, quem precisa de os utilizar vai ter que pagar as deslocações às lojas mais próximas em dinheiro ou em gasto de tempo e, certamente também, em cansaço e em saúde. Feitas as contas aquilo que, por um lado, o governo quer “poupar” nos CTT, por outro, quer obrigar cidadãos a pagarem pelo dobro. Transferência simples de custos de empresa que o memorandum da tróica/PS-PSD-CDS prevê vir a ser, muito brevemente, privatizada! E, tendo em conta a situação real de quem é obrigado a pagar, transferência brutal de custos para cidadãos já em grandes dificuldades de vida!
Na mitologia oficial esta privatização destina-se a ajudar a “pagar a dívida”, mas, na verdade, é um saque extra exigido com ameaças de morte.
Ou seja, é este o preço que a alta finança internacional exige aos cidadãos pobres em sacrifícios insuportáveis por uma dívida que ninguém sabe de quanto é, mas que não é do Povo nem foi contraída em seu benefício e que deve ser repudiada pelo Povo !
É este o preço exorbitante que este e o anterior governo, como cães-de-fila da alta finança internacional, exigem aos cidadãos que estão a empobrecer por acção desses mesmos governos!
É este um preço que, muito bem e com todo o direito, os cidadãos conscientes se recusam a pagar!
Assim o PCTP/MRPP apoia todas as iniciativas que se oponham ao encerramento destas lojas.
Assim o PCTP/MRPP exorta os trabalhadores dos CTT a colocarem-se ao lado das reivindicações populares não só por serem imediatamente atingidos (é que basta haver alteração desfavorável às relações laborais para haver perca para os trabalhadores e a deslocação do posto de trabalho quando imposta é já, em si, uma alteração desfavorável) mas também porque o seu lado é o lado do Povo.
Igualmente o PCTP/MRPP exorta todos os proletários, quer os que são atingidos directamente quer aqueles que não são, a participarem activamente em todas as iniciativas contra estes encerramentos, ousando lutar e, também, ousando vencer o que só será possível colocando na bandeira a luta por um governo democrático patriótico que seja capaz de repudiar a dívida e desenvolver o país.
O CORREIO É DO POVO !
NÃO AO ENCERRAMENTO DE LOJAS DOS CTT !
NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES !
NÃO PAGAMOS !
POR UM GOVERNO DEMOCRÁTICO PATRIÓTICO !
Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP
Porto, 6 de Julho de 2011
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Contra o encerramento dos estaleiros de Viana
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