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Sexta-feira, 5 de Maio de 2006
A acção policial no bairro da Torre em Camarate veio mostrar ao ponto a que chegou a interpretação que os poderes públicos, executivos e judiciais, fazem dos procedimentos que devem ser assumidos no combate à criminalidade. A aproximação evidente, na forma e no conteúdo, das práticas repressivas executadas pelo regime salazarista no "ultramar" ou pelas ditaduras lanino-americanas nos bairros populares e aldeias camponesas demonstra qual o caminho que está a ser trilhado por esses dois poderes. É inconcebível que, a pretexto da procura de armas ilegais ou de provas de tráfico de droga, um magistrado passe mandatos de busca a todas as casas de um bairro fazendo recair sobre todos os habitantes desse bairro o estigma da criminalidade. Também é incrível que a polícia cerque totalmente um bairro, apresentando esses mesmos objectivos, impedindo a entrada e a saída de cidadãos, independentemente destes apresentarem e provarem a sua identidade, e isso não seja objecto de qualquer reparo. Não se trata pois de combate à criminalidade, mas da criação de clima de intimidação dos habitantes dos bairros pobres. Quase em simultâneo um diário de expansão nacional dá conta de estudo, elaborado em Janeiro de 2003 (?), onde são identificados os "bairros problemáticos". São eles, no Porto, Aldoar, Aleixo, S. João de Deus, Cerco, Lagarteiro, Pasteleira, Ramalde, Regado e Viso; em Gaia, Trás da Serra do Pilar, Olival e Vila d'Este; em Matosinhos, Biquinha, Custóias, Perafita e Oliveiras; na Maia, S. Gens e em Gondomar, Baiteiro. Significativo.