Na sequência da oposição popular ao encerramento de um conjunto de maternidades veio a Comissão Nacional da Saúde Materna e Neonatal, em conferência de imprensa, assumir a responsabilidade de tal medida, tentando por essa via desresponsabilizar o ministro. Para além da estranheza que causa tal assumpção de responsabilidade por parte de uma comissão que estatutariamente é um órgão consultivo do ministro, o conteúdo da conferência de imprensa mostra um conjunto de interesses escondidos por trás da frágil argumentação apresentada. Ou seja, o ministro acolhe as pressões efectuadas, desde que estas provenham de determinados sectores, mas se as pressões provêm de fonte popular e são expressas na rua, aí, embora reconheça formalmente a legitimidade, mantem a "firmeza".
Perante a fragilidade da argumentação de que a única via para melhorar a segurança dos partos é o encerramento de maternidades, quando toda a gente sabe que mil e uma outras vias existem, nomeadamente através do aumento do número de medicos e enfermeiros obstetras formados e contratados anualmente, da utilização de meios tecnológicos de comunicação entre as diversas maternidades, etc., inúmeros comentadores vêm agora dar uma mão ao ministro e confrades com o argumento económico: somos pobres, não nos podemos dar ao luxo de ter tantas maternidades, portanto, temos de concentrar os meios, para obter os mesmos ou melhores resultados. Só que não apresentam contas: quanto custa, ao conjunto da sociedade, em transportes, respectivos meios humanos e criação dos meios seguros para o transporte de grávidas, estes encerramentos? Não sabem. Também este novo argumento, anteriormente sempre evitado pelo ministro por saber que não tinha qualquer hipótese de poder ser provado, não serve. A opção do ministro é política e visa, como todas as medidas deste governo, um só objectivo: espoliar os pobres e fortalecer os capitalistas.
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