Muito se tem falado ultimamente sobre o Kosovo, sobre as implicações da independência desse pequeno território e sobre a divisão da UE a respeito duma eventual declaração unilateral de independência.
Nós somos pela autodeterminação dos povos e consequente independência se assim o considerarem esses povos. Mas neste caso somos contra. Não porque os albaneses sejam menos que os outros ou tenham menos direitos ou sequer porque tal independência possa vir a trazer problemas a Espanha pela abertura de "precedente", em razão da existência de vontades independentistas dos povos Vasco, Catalão, Galego e Canarenho no seu seio, ou à Rússia ou a qualquer outro estado plurinacional, mas porque suporta e avalisa uma invasão de território. Os albaneses são hoje a maioria, no Kosovo, mas obtiveram-na por duas vias: por imigração da Albânia para esse território nos últimos oitenta anos e por limpeza étnica dos ciganos e sérvios habitantes no local. Apoiar a independência do Kosovo comandada por albaneses imigrantes será aceitar, por exemplo, que, se daqui a trinta anos os ingleses começassem a expulsar os portugueses do Algarve argumentando que andavam a ser perseguidos e, dez anos depois, declarassem a independência, nós teríamos que apoiar. Ou então aceitar uma coisa tão ridícula como uma eventual independência proclamada da Damaia. É verdade que já existem precedentes históricos similares: o Ulster (que manteve a dependência do Reino Unido graças à maioria inglesa existente nesses condados, quando, de facto, faz parte integrante da Irlanda, e os ingleses são meros ocupantes), o estado americano do Texas roubado ao México numa base semelhante (emigração para o então Norte do México, alegação de perseguição, limpeza étnica dos mexicanos e índios, declaração de independência, integração nos Estados Unidos) e o estado sionista (com um processo um pouco menos linear mas, no seu conteúdo e no essencial, idêntico). Em todos estes três casos o que se tratou foi de humilhar e expulsar os povos dos países que eram seus: os irlandeses do Ulster, os mexicanos e os índios do Texas e os palestinianos da Palestina. O que se trata agora no Kosovo é da humilhação e expulsão dos sérvios do seu território. Gratuita ou talvez não: talvez seja a vingança do facto de terem derrotado o nazismo germano-croata e o fascismo italo-albanês e integrado com iguais direitos aos sérvios tanto croatas como albaneses, ou então, a vingança do desplante de se terem negado a pagar a "dívida" ao infame FMI.
Um outro aspecto pouco focado pelos "democratas" da nossa praça é a ausência de legetimidade do actual "governo" albanês do Kosovo: só 45% dos eleitores votaram existindo um apelo ao boicote por parte dos sérvios, contestando a legitimidade de eleições em seu território à margem do seu estado. Face aos resultados, só fechando os olhos à realidade se poderão considerar tais eleições democráticas e legítimas, pois, a maioria dos eleitores seguiu o apelo sérvio ao boicote considerando, consequentemente, tais eleições ilegítimas.
No meio disto surge o "nosso" ministro dos negócios estrangeiros muito afadigado pelas "complexas" negociações com os restantes ministros similares da UE para a concertação de uma posição comum: é que se mentir cansa, encontrar estratagemas para justificar a mentira, para mais sendo "complexos", ainda cansa muito mais.
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