Uma justa revolta popular estalou mal se soube do fecho das lojas dos CTT do Monte dos Burgos e do Campo Lindo, ao som da palavra de ordem “o correio é do Povo !”.
E o fecho dessas lojas é apenas um começo: só no Porto está previsto, no curto prazo, o encerramento de mais outras 7. No resto do país ainda não se sabe. Mas sabe-se que o pretexto é a execução de uma “decisão do accionista” (que é o Estado burguês através do governo) de “reduzir os custos” em 15%.
Não é preciso ser perito para perceber que esta “redução de custos” não é nenhuma redução de custos mas apenas uma transferência de custos dos CTT para quem usa os serviços entretanto encerrados, nomeada e particularmente, entre outros, para aqueles que são obrigados pelo próprio accionista Estado (dirigido pelos governos da tróica) a utilizar esses serviços. É o caso de quem é obrigado, pelas decisões governamentais de controlo social, a receber os rendimentos por vale do correio. Só no Porto, essas pessoas são várias dezenas de milhar.
Encerrados os serviços, quem precisa de os utilizar vai ter que pagar as deslocações às lojas mais próximas em dinheiro ou em gasto de tempo e, certamente também, em cansaço e em saúde. Feitas as contas aquilo que, por um lado, o governo quer “poupar” nos CTT, por outro, quer obrigar cidadãos a pagarem pelo dobro. Transferência simples de custos de empresa que o memorandum da tróica/PS-PSD-CDS prevê vir a ser, muito brevemente, privatizada! E, tendo em conta a situação real de quem é obrigado a pagar, transferência brutal de custos para cidadãos já em grandes dificuldades de vida!
Na mitologia oficial esta privatização destina-se a ajudar a “pagar a dívida”, mas, na verdade, é um saque extra exigido com ameaças de morte.
Ou seja, é este o preço que a alta finança internacional exige aos cidadãos pobres em sacrifícios insuportáveis por uma dívida que ninguém sabe de quanto é, mas que não é do Povo nem foi contraída em seu benefício e que deve ser repudiada pelo Povo !
É este o preço exorbitante que este e o anterior governo, como cães-de-fila da alta finança internacional, exigem aos cidadãos que estão a empobrecer por acção desses mesmos governos!
É este um preço que, muito bem e com todo o direito, os cidadãos conscientes se recusam a pagar!
Assim o PCTP/MRPP apoia todas as iniciativas que se oponham ao encerramento destas lojas.
Assim o PCTP/MRPP exorta os trabalhadores dos CTT a colocarem-se ao lado das reivindicações populares não só por serem imediatamente atingidos (é que basta haver alteração desfavorável às relações laborais para haver perca para os trabalhadores e a deslocação do posto de trabalho quando imposta é já, em si, uma alteração desfavorável) mas também porque o seu lado é o lado do Povo.
Igualmente o PCTP/MRPP exorta todos os proletários, quer os que são atingidos directamente quer aqueles que não são, a participarem activamente em todas as iniciativas contra estes encerramentos, ousando lutar e, também, ousando vencer o que só será possível colocando na bandeira a luta por um governo democrático patriótico que seja capaz de repudiar a dívida e desenvolver o país.
O CORREIO É DO POVO !
NÃO AO ENCERRAMENTO DE LOJAS DOS CTT !
NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES !
NÃO PAGAMOS !
POR UM GOVERNO DEMOCRÁTICO PATRIÓTICO !
Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP
Porto, 6 de Julho de 2011
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