É com grande frequência, entre as forças populares, que se invoca a necessidade de unidade para o êxito da luta. Mas é evidente que, apesar dessa unidade corresponder a uma das condições do êxito do Povo, não só bastas vezes não se consegue obtê-la como, quando é alcançada, também muitas vezes o êxito não surge. Porquê? Porque é que não se consegue obter a desejada unidade? E quais são as razões pelas quais, quando se alcança a unidade, não é garantida a vitória?
Não cabe aqui dar uma resposta completa a estes problemas. Numa primeira análise, há respostas óbvias que todos têm. Mas não vale a pena ir por aí, pois que, com a certeza da verificação prática ao longo de muitos anos, não está aí a solução.
Fala-se em cedências entre partes, não se fala em aliança de classes ou sequer entre sectores da mesma classe, e quando se fala em aliança, esquece-se muitas vezes o aspecto essencial de uma ligação desse tipo: a obrigação de acorrer em ajuda do aliado quando este precisa, mesmo se não forem os interesses próprios que estejam em jogo para além, é claro, do interesse na unidade.
Este tipo de unidade, não precisa nem de conversações nem de cedências, forja-se na luta! Combater ombro a ombro com o aliado mesmo no interesse único do aliado, é esse o caminho da unidade que interessa.
Por exemplo: ainda ontem os trabalhadores da STCP de todas as correntes de opinião, efectivos ou contratados, foram capazes de ver um seu interesse comum na oposição ao ataque que lhes foi movido pelo governo de traição PSD/CDS. Todos os sindicatos presentes na STCP e a comissão de trabalhadores convocaram a greve. E foi obtido esse enorme êxito que foi a efectivação da greve a 100%, como já tinha acontecido na última greve geral, nem um carro saiu! Mas, apesar desse êxito na unidade, não houve êxito algum nos objectivos concretos, ou seja, que o AE passe a ser cumprido, nomeadamente nos aspectos remunetórios (passes de trabalhadores, reformados e familiares; diuturnidades e subidas de grupo; horários de trabalho; contratos a prazo; etc.), que não sejam despedidos 200 trabalhadores e que a STCP não seja privatizada. O povo da Área Metropolitana do Porto não tem interesse próprio directo nas remunerações dos trabalhadores da STCP (a não ser, é claro, os comerciantes de quem os trabalhadores são clientes, e os próprios trabalhadores e familiares), mas tem interesse num bom serviço de transporte público de passageiros e, mais que isso, só pode sobreviver se se libertar da opressão pela dívida do Estado a que está sujeito. Nestes dois combates (e em muitos mais) os trabalhadores da STCP são seus aliados objectivos. Deve o povo da AM do Porto ficar passivo ou opor-se à luta destes trabalhadores, ou, pelo contrário deve apoiá-la activamente? Foi o que faltou e o que é necessário. A aliança é isso: se os nossos aliados estão em luta, devemos estar ao seu lado. Não se trata apenas de mostrar solidariedade; trata-se de forjar uma unidade maior, do tamanho suficiente para alcançar vitórias.
Mas a unidade é também um campo do oportunismo. Só com unidade, não se vai lá, muito menos quando é apenas gritada. É preciso um objectivo, e é preciso um caminho. Esse objectivo e esse caminho existem. O objectivo é a sociedade sem classes, o caminho passa, num primeiro passo, pela independência nacional. O inimigo de hoje, sabemos quem é. Enquanto se temer combatê-lo, é impossível avançar!
NÃO PAGAMOS!
TRÓICA FORA DE PORTUGAL!
MORTE AO GOVERNO DE TRAIÇÃO NACIONAL PSD/CDS!
GOVERNO DEMOCRÁTICO PATRIÓTICO!
O POVO VENCERÁ!
Org. Regional do Norte do PCTP/MRPP
2 de Fevereiro de 2013
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