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Domingo, 5 de Março de 2006
Na passada sexta-feira, o presidente cessante, veio de visita ao Porto. Serviu a visita, para além de ser feito sócio honorário nº 1 da Associação Museu da Imprensa, para participar no debate «Portugal: que futuro?» promovido pelo Clube Via Norte. E, segundo a imprensa, o futuro que o presidente em cessação de mandato viu para Portugal foi o de um país com um novo nível autárquico de topo: as regiões. Daí o governo estar já, aos poucos, a reorganizar o aparelho de estado no sentido de fazer coincidir as divisões administrativas dos serviços que são descentralizados com a divisão em cinco zonas-plano existente correspodentes às ccdr do norte, do centro, de Lisboa e vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve. Depois, a ideia, é centralizar nas ccdr todos esses serviços e competências. Seguidamente, atribuir-lhes novas competências e poderes criando, dessa forma, uma espécie de governos regionais. Finalmente, caso a "experiência" corresse bem (ou quando corresse bem), seria posta à consideração dos cidadãos a possibilidade da eleição dessa espécie de governos regionais. Poderia acontecer serem os próprios cidadãos a exigir a eleição desses órgãos e, nesse caso, nem sequer seria necessário esse acto que chamariam de "novo referendo sobre a regionalização". Eis o novo plano para realizar a regionalização política do país. Eis como a "nossa" democracia procede quando as propostas de quem se considera dono dessa "democracia" são derrotadas em referendo. Depois de recusar a discussão de um assunto desta importância de forma ampla em sede eleitoral, como aconteceu nas recentes autárquicas e legislativas, põe pés ao caminho, discute o problema entre amigos, giza um plano e inicia o processo. É o vingar da velha ideia de Salazar e quejandos: os portugueses não estão preparados para decidir sobre os seus interesses. Sampaio escolheu terminar no Porto com gesto eloquentíssimo do que foi o seu mandato, exibindo, mais uma vez, a sua cumplicidade com essa ideia.