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Quarta-feira, 30 de Novembro de 2005
Os trabalhadores da câmara municipal de Celorico de Basto levaram para (ou receberam em, ainda não sabemos bem) casa os impressos da propositura de Cavaco Silva para eles e para a família, para depois os entregarem preenchidos. Este facto, qualquer que seja a alternativa verificada, revela qual o tipo de apoiantes de que esse candidato se rodeia. Homens que, como o presidente da câmara de Celorico, se utilizam da sua posição no aparelho de estado para pressionarem cidadãos a proporem um dado candidato, são os verdadeiros homens de Cavaco. É também por esses apoiantes que se vê quem é o chefe e que tipo de relações pretende estabelecer entre o estado e a sociedade. Muito provavelmente este apoiante, dependendo da dimensão pública desta denúncia, vai ser chamado à pedra. Se a dimensão pública for pequena, então será louvado pela grande contribuição dada à dita candidatura. O chefe tem que se mostrar impoluto perante o eleitorado, é só esse o critério. Mas isso não altera o carácter dos seus apoiantes. São os factos como este que o revelam.
Terça-feira, 29 de Novembro de 2005
Ainda não temos conhecimento do obscuro plano dos STCP para os próximos anos, embora, em nome da transparência, o tenhamos solicitado aos STCP mal foi noticiada a sua existência. Diz-se que prevê uma redução de frota e uma redução de 1080 funcionários. Esta redução é justificada pelo facto de a progressiva entrada em funcionamento do Metro vir, por um lado, reduzir a necessidade de oferta de transporte nas linhas dos STCP sobrepostas às linhas do Metro e por outro, haver a necessidade de repensar globalmente o transporte colectivo na área metropolitana do Porto olhando a essa nova realidade. Até aqui parece tudo muito racional. Mas na prática o raciocínio é outro: esse repensar global não olha aos locais que até hoje não têm transportes colectivos capazes pela razão de até hoje "não ter sido possível investir" e "não se poder ir a todo o lado" porque os "meios são limitados". Prefere-se mandar 1080 trabalhadores para o desemprego ou para a reforma antecipada a reconduzir os meios para os locais onde esses meios faltam. O Movimento de Utentes de Transportes de Gaia surge nestas circunstâncias. Reclamam que a zona Leste do concelho de Gaia seja melhor servida por transportes públicos, dado os preços exorbitantes hoje praticados pelas empresas exploradoras das linhas existentes e a baixissima frequência e qualidade do transporte oferecido. Hoje vão reunir mais uma vez no salão nobre da Junta de Freguesia de Lever. Têm todo o nosso apoio.
Segunda-feira, 28 de Novembro de 2005
Apesar de legalmente ainda não ter começado a campanha eleitoral para as presidenciais, a verdade à vista de todos é que ela está na rua já há muito. Está na rua para alguns: o grupo dos cinco. Os eleitos do presidente são também os eleitos da comunicação social. Esta "coincidência" que faz ser noticiado o espirro do candidato tal, a tossidela de outro candidato ou o silêncio de um outro candidato, mas que impede, à luz de ainda não se estar em campanha eleitoral, que sejam tornadas públicas as declarações de Garcia Pereira, aparece como um concerto de interesses. Interesses inconfessados, comuns ao presidente e aos proprietários da comunicação social. Não é de estranhar que existam esses interesses, pois pertencem todos à mesma classe. O que é novidade é que não tenham vergonha de que apareçam à vista de todos como tal. O véu de democracia e de liberdade que cobria esta ditadura foi rasgado. E nenhum dos candidatos "democratas" e de "esquerda", nem para ficar bem no retrato, é capaz de o denunciar, talvez porque se o fizessem também fossem silenciados. Estão todos muito felizes a alimentar a besta. Talvez depois lhes venha a inspiração para escrever um poema semelhante ao do pastor protestante anti-nazi Martin Niemöller:
Primeiro, levaram os judeus.
Mas não falei, por não ser judeu.
Depois, perseguiram os comunistas.
Nada disse então, por não ser comunista.
Em seguida, castigaram os sindicalistas.
Decidi não falar, por não ser sindicalista.
Mais tarde, foi a vez dos católicos.
Também me calei, por ser protestante.
Então, um dia, vieram buscar-me.
Mas, por essa altura, já não restava nenhuma voz
Que, em meu nome, se fizesse ouvir.
Sábado, 26 de Novembro de 2005
Tem lugar este fim-de-semana na Póvoa de Varzim o 17º Encontro Regional das Associações Juvenis do Porto. Vai ser abrilhantado, na sessão plenária, com a presença do secretário de estado da juventude e desporto Dr. Laurentino Dias. Para além do objectivo imediato que é a propaganda governamental, o Dr. não deixará de aproveitar a oportunidade para anunciar esta ou aquela medida demagógica. Mas o verdadeiro objectivo, escondido no meio da igualdade dos pontos, é a Discussão do Projecto de Proposta de Lei do Associativismo Jovem abrilhantada com a presença de representante da SEJ, Dr. Duarte Cordeiro. Aqui o Governo pretende encontrar legitimidade para lei que pretende controlar as associações de jovens. Essa lei vai ser também o espaço para suportar a discriocinaridade na concessão de apoios. É por essa via que se fará o controlo. Um segundo objectivo parece ser financiar a formação dos seus futuros quadros. Uma das fontes baratas de quadros parece ser pretendido que sejam as associações juvenis. Que tenham estes objectivos parece-nos normal. Que obtenham os resultados pretendidos isso já é outra história. Está na História que as armas que derrotam os algozes são fornecidas por eles próprios: ao avesso do que pretendem, surgirão das associações juvenis algumas que formarão os quadros da Revolução. E isto acontecerá mais rapidamente porque as querem controlar.
Sexta-feira, 25 de Novembro de 2005
Veio a lume a existência de um estudo em que é mostrado que os custos de tratamento do lixo s(er)ão de 54 em vez dos 42/ton contabilizados até agora pela LIPOR. A razão desta diferença residirá no recente investimento, de cerca de 25 milhões de euros, na nova central de compostagem e na imposição legal de o amortizar em 20/25 anos. Pelos dados surgidos não se percebe que a origem do problema seja apenas esta, porque o valor da amortização será 1/1,25 mihões de euros anuais e o aumento de 28%(de 42 para 54) corresponderá, só para os lixos provenientes do município do Porto, 1,5 milhões de euros anuais, e ainda há todos os lixos provenientes dos outros municípios sócios da LIPOR. Aqui há gato. O que parece estar a acontecer é uma manobra contabilistica para, das duas uma, concretizar uma falência técnica, pré-existente ou futura, da LIPOR, ou justificar a transferência para a LIPOR de verbas monstruosas e do poder que lhes está associado. Qual a posição dos diversos intervenientes? O que parece estar certo é que tudo isto está a servir para justificar o injustificável: o aumento das já exorbitantes taxas municipais de saneamento cobradas aos munícipes. Ao nível das altas esferas o resto é partilha de poderes. Os rapazes do PS ainda não estão contentes. Para o povo o resto é o espectáculo dos presidentes da câmara entesando-se, cada um a tentar mostrar que ele é que é o bom embora não possa evitar o que apresentará como justificado face aos factos: o aumento das taxas. E tudo o que realmente interessa se vai passando à margem e contra os cidadãos. É preciso pôr cobro a isto.
Quinta-feira, 24 de Novembro de 2005
Os últimos incidentes que aparecem como de justicialismo ministerial no que respeita ao metro do Porto vêm evidenciar a feroz disputa que sobre essa empresa de capitais públicos se tem vindo a desenvolver. O Estado central que apenas detem 10% do Capital, contra os 60% da AM do Porto e os 25% dos STCP, quer determinar quem é que fica com o direito de escolher como gastar o dinheiro. Tudo estava bem quando o PS tinha a maioria na AMP e governava. Tudo estava bem quando o PSD tinha a maioria na AMP e governava. Hoje tudo está mal porque o PSD tem a maioria na AMP e o governo é PS. Parece uma análise demasiado simplista mas é isto que realmente se passa. No futuro, que parece ser já o presente, vão-se entender: os lugares e os poderes vão ser redistribuídos, os currícula dos amigos mais novos iniciados (irão ser os futuros competentíssimos gestores), os currícula dos amigos mais antigos acrescentados com mais umas páginas demonstrativas da sua excelência, as empreitadas adjudicadas, os contratos celebrados. Como consequência teremos para os utilizadores possivelmente já em Janeiro preços na linha da Póvoa a aumentarem mais de 50% (de 1,2 para 1,85); estações de superfície concebidas sem abrigos decentes para quando há chuva, sol ou frio em demasia; uma revista mensal em papel de luxo de que são editados 60.000 exemplares de cada número, que ninguém lê, pior que qualquer boletim camarário no que respeita à promoção do presidente; sistema intermodal que não corresponde às promessas feitas; cobranças duplas de uma mesma viagem que a empresa se recusa a reembolsar; passageiros abandonados em estação erma à 1 da manhã sem poderem continuar a viagem que anteriormente tinham pago, de mais dez quilómetros; etc., etc..
Quarta-feira, 23 de Novembro de 2005
O presidente da República deve ser cego e surdo, pois até agora ainda não sabia da existência da candidatura de Garcia Pereira à presidência da República. Por isso tem ficado mudo. Agora, que já sabe, é bom que fale, sob pena, se não o fizer, de passar por mudo. Teremos então um representante da Nação cego, surdo e mudo quanto à democracia, mas muito falador quando se trata de receber os amigos Cavaco Silva e Mário Soares que pelos vistos são os candidatos por ele eleitos. Veio mais tarde dizer que ouviu os outros três membros do "grupo dos cinco" elegendo-os também, dessa forma, a candidatos. Quer assim usurpar aos cidadãos o que só aos cidadãos pertence: o direito de eleger. Podem fazer-se as análises que se quiserem, encontrar-se as justificações mais elaboradas, mas do que se trata aqui é disto: foi reconstruída a defunda União Nacional. Também nesse tempo se realizavam "eleições", só que os "eleitos" eram escolhidos de antemão, como agora o quer fazer Sampaio. Possivelmente é trauma (daí a cegueira, a surdês e a mudês) ou vingança por ter sido derrotado por Garcia Pereira no único debate em que estiveram presentes todos os candidatos na última campanha para as presidenciais.
Terça-feira, 22 de Novembro de 2005
Há dias o candidato à presidência da república José Ferraz Teixeira subscreveu a propositura de Garcia Pereira. Continua a fazer a sua propaganda e a recolha de assinaturas para a sua candidatura porque crê ser essa a melhor forma de concitar os cidadãos a exercerem os seus direitos, a revoltarem-se perante a corrupção, a lutarem por um Portugal melhor para todos, mas o que íntima e secretamente quer é uma alteração revolucionária da sociedade. Eis a razão pela qual subscreveu a propositura de Garcia Pereira. Este é um estado de espírito que alastra. Já não são mais mudanças no sistema que se vêm como necessárias, é a mudança do próprio sistema que se exige. E este é mais um sinal, pequeno, mas um sinal.
Segunda-feira, 21 de Novembro de 2005
Acções legítimas por parte de interessados individuais vieram questionar de novo a prática das sucessivas vereações. À gestão ruinosa da direcção dos socialistas seguiu-se uma gestão ainda mais ruinosa por parte da direita. Neste momento os interesses em volta do Parque da Cidade são um pântano. Lá se enterrou o Nuno Cardoso, lá se vai enterrando o Rui Rio. E o problema não é que esses senhores se tenham aí atolado, o problema é que queiram levar com eles o Porto, empenhando, através das suas acções, o futuro da cidade. Ou pela via da concessão de licenças com critérios fabricados à medida, ou pela via do pagamento de indemnizações milionárias, o resultado para a cidade é o mesmo. São as duas versões de uma mesma política. Uma política de bloco central. E os objectivos dessa política podem-se medir pelos resultados: uma concentração cada vez maior da riqueza nas mãos duma minoria cada vez mais minuscula e o alastrar da miséria no seio da grande maioria dos portuenses.
Sexta-feira, 18 de Novembro de 2005
A história continua. Depois dos factos relatados em "crimes" veio-se a saber que como prémio, o munícipe denunciante recebeu, por ordem do presidente da câmara e contra o que está estabelecido, uma poda gratuita da tal árvore. Para isso foi mobilizada uma auto-escada dos sapadores bombeiros para além da dita viatura e do pessoal necessário. Temos que, para além de o combate à corrupção já andar pelas ruas da armagura, se pretende instalar o regime da bufaria. Por isso surgiram os incentivos. Para isso o presidente da câmara conseguiu meios. Para isso não houve poupança nem controlo de custos. Se bem que o valor em causa não seja elevado, no caso o que conta é o que pretendeu dizer. E o presidente da câmara foi claro: não existe corrupção nos gabinetes por ele dirigidos mas no mais baixo escalão dos trabalhadores, a bufaria vai ser premiada, mesmo que para isso seja necessário furar as normas pré-existentes. É por este tipo de razões que o presidente se considera a si próprio uma pessoa séria.
Quinta-feira, 17 de Novembro de 2005
Foram condenados quatro funcionários da c. m. do Porto a uma pena de 80 dias de multa em alternativa à pena de prisão, que poderia ir até um ano, por crime de peculato: usaram para uso privado uma carrinha da câmara. A denúncia à câmara foi feita pelo beneficiário do crime: um munícipe tinha solicitado aos serviços da câmara que lhe podassem uma árvore tendo-lhe sido negado o serviço. Os "criminosos" ofereceram-se para fazer esse serviço a troco de pagamento e utilizaram para isso uma viatura da câmara. O presidente da câmara soube e avisou a PJ que, em operação montada para o efeito, interceptou os referidos "criminosos" quando indevidamente utilizavam o tal veículo. Para além da referida pena, estes "criminosos" que são cantoneiros e empregados de limpeza na Direcção Municipal de Ambiente e Serviços Urbanos ainda estão a ser sujeitos a inquérito disciplinar ordenado pelo próprio presidente da câmara. Isto é apresentado como o exemplo do combate à corrupção por parte do presidente. Deve estar a gozar. Sem questionar que este e outros casos devam ser objecto da devida atenção, isto não é exemplo nenhum de combate à corrupção. Não é esta a corrupção que mina. É noutros níveis que o verdadeiro problema se põe. E isso faz parte do sistema que este presidente defende. Este exemplo é apenas mais uma prova disso: com ele se pretende que, sendo implacável com o mais pequeno delito, se será com todos os delitos desta natureza. Mas isso é falso. Este exemplo o que vem provar é que se quer ocultar todos os outros crimes de esbanjamento dos bens públicos em proveito da meia dúzia do costume.
Quarta-feira, 16 de Novembro de 2005
Foi ontem, à porta fechada, apresentado à vereação da câmara municipal do Porto o obscuro plano dos STCP para os próximos anos. Dizemos obscuro porque muito se vai falando dele mas realmente continua em segredo. Vão aos poucos saindo umas quantas informações. Agora são o Bairro da Arrábida, a zona de D. Pedro V e a marginal entre a Ribeira e o Freixo que irão ficar sem transporte público. É mais viável economicamente usar transportes privados dizem eles. Provavelmente para os STCP. Com certeza que não para o conjunto da cidade e muito menos para os moradores dessas zonas. É por esta razão que era suposto os STCP terem uma missão de serviço público. É por esta razão que tem que ser exercido um controlo popular democrático sobre serviços a prestar pelos STCP. Por isso não pode haver planos só conhecidos pelas altas instâncias.
Terça-feira, 15 de Novembro de 2005
Veio o presidente da câmara de Matosinhos defender em entrevista recente a eleição directa do órgão dirigente da área metropolitana do Porto. Pelo seu lado o presidente da câmara do Porto veio manifestar o seu pouco interesse em vir a presidir à junta metropolitana do Porto pelo facto de esta não ter poderes. Parece ser assim que se discute o candente problema de como resolver os assuntos que são comuns aos municípios da região especial do Porto e que carecem também de resposta comum. Não se propõe, apenas se sugere, não em períodos eleitorais, mas fora deles. Nas recentes eleições autárquicas o assunto só muito ao de leve foi abordado. Ensaia-se contudo resoluções nos gabinetes. Naturalmente serão objecto de discussão dos "entendidos", mas os verdadeiros interessados não serão chamados a decidir. Antes havia quem dissesse que não poderia haver democracia em Portugal porque os portugueses não estavam preparados para ela, tínhamos o fascismo. Hoje não se diz, mas nega-se o direito à expressão dos interesses do povo, provavelmente porque é o mesmo o que os actuais governantes pensam mas não dizem. O que teremos neste caso?
Segunda-feira, 14 de Novembro de 2005
Foi hoje conhecida a proposta governamental de aumento do salário mínimo nacional para 2006: 385,9€. Esta proposta corresponde a aumento de 3% relativamente ao salário mínimo actualmente em vigor. Como é que uma família consegue viver com esse valor? Miseravelmente. Esta é a proposta do governo socialista: que 25% dos portuenses continuem a viver na miséria. Em nada resultarão as habituais choraminguices sindicais. O que é preciso é que os trabalhadores portugueses se unam aos restantes trabalhadores europeus na reivindicação de um salário mínimo europeu que premita aos trabalhadores viverem dignamente. Isso sim, tem futuro. Isso sim, premitirá mobilizar o conjunto dos trabalhadores. A isto chama o primeiro ministro de demagogia. Demagogia é pretender que é possível uma família viver dignamente com 385,9€ mensais.
Sábado, 12 de Novembro de 2005
Ainda a procissão vai no adro e já a festa começou. O exemplo de esbanjamento das últimas autárquicas está a tornar-se o paradigma de campanha eleitoral que se preze. Não há rotunda, praça, curva na rua ou local de passagem que possa escapar à voragem do G5. E no Porto já começou. Os "outdoors" do G5 com as suas posturas de estado, as suas "ideias chave", vazias mas chave, começam a ser instalados. Por este andar, quando a campanha eleitoral se iniciar, já está feita. Nada de conteúdos, nada de discussão séria, tudo muito "mediático", tudo com muitos figurantes pagos (ou que tencionam, mais tarde, vir a cobrar o "serviço" com uma promoção, uma comenda ou outra coisa do género), tudo muito estudado pelos especialistas em vendas, tudo muito caro. Resta-nos opor a VERDADE. É o que faremos.