O PCTP/MRPP saúda vivamente a classe operária e os trabalhadores portugueses pela derrota que souberam infligir ao governo com a vigorosa greve geral de ontem.
Mas tal como o nosso Partido tem alertado, a situação é de tal modo grave para quem vive da venda da sua força de trabalho, para os desempregados e reformados que esta forte greve geral não pode dar lugar a uma desmobilização geral, tornando-se assim inútil.
É imperioso, antes de mais, que se consigne e se imponha como objectivo político fundamental do movimento operário português e das greves gerais que se devem suceder o derrube do governo de Sócrates e a luta por um governo dos trabalhadores.
Ninguém pode esperar que este governo mude a sua politica e passe a praticar a política da classe antagónica àquela que ele representa.
Esta inequívoca demonstração da força da classe operária e dos trabalhadores não pode, pois, ser esbanjada nem desviada para becos sem saída do oportunismo.
A greve geral de ontem mostrou ainda que é necessário agora unir a luta dos trabalhadores portugueses à luta dos trabalhadores europeus com vista à convocação e organização de uma greve geral europeia.
Lisboa, 25/11/2010
O Gabinete de Imprensa do PCTP
Ao governo de Sócrates não lhe basta o abjecto papel de procurar impor ao povo português os ditames dos seus patrões imperialistas europeus para salvar da crise o sistema capitalista, resolveu seguir as pegadas do seu porreiraço amigo Durão Barroso e vestir a farda de mordomo do imperialismo mundial, organizando em Lisboa uma cimeira da NATO. Trata-se de mais uma intolerável provocação que merece o repúdio de todos os democratas e patriotas.
A NATO nunca deixou de ser uma organização militar ao serviço dos desígnios do imperialismo americano para manter a sua hegemonia e prosseguir a sua política opressora e de saque e rapina dos povos de todo o mundo. Inicialmente sob a capa esfarrapada da defesa da liberdade contra a “ameaça russa”, com a mudança de carácter do campo socialista, entretanto transmutado em coutada do social-fascismo, depressa a NATO se transformou em instrumento evidente da divisão planetária e de repartição do domínio das nações com o social-imperialismo comandante do Pacto de Varsóvia, bloco militar igualmente opressor, arruaceiro e feroz. Mesmo após a falência deste último bloco militar, a NATO continuou a assumir-se como o principal instrumento dos EUA para intimidar e agredir os povos que não aceitam ser subjugados e invadir e ocupar países soberanos para assegurar o saque dos seus recursos e riquezas.
Tal como o PCTP/MRPP sempre denunciou, o imperialismo é a guerra e, por mais que fale de paz ou por mais que reveja o seu “conceito estratégico” o que prepara realmente são novas guerras de agressão e opressão. Por isso, para combater o imperialismo cuja natureza intrínseca é esta, não pode contrapor-se, como o tem feito e continua a fazer o P”C”P, uma espécie de pacifismo hipócrita incapaz sequer de exigir o desmantelamento de uma organização criminosa como a NATO e que só leva a desarmar os povos.
No caso concreto desta cimeira da NATO, o facto de ter sido o Governo de Sócrates a, provocatoriamente, resolver realizá-la em Portugal, põe em evidência a necessidade de reforçar o combate político pelo derrubamento de um governo de lacaios que em nada se diferencia do Governo de Barroso que rasteiramente reuniu nos Açores o comité de facínoras que planeou a invasão do Iraque e o massacre do povo iraquiano.
Tal como no período revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril, a esquadra da NATO acostou no Tejo para intimidar e ameaçar o crescente movimento revolucionário português – na altura, recebida com cravos pelo P”C”P -, também hoje é Sócrates que recebe o areópago dos chefes do imperialismo nas vésperas de uma greve geral nacional e num momento em que o movimento revolucionário português se prepara para grandes combates pelo derrubamento do sistema capitalista.
Mas, tal como em 1974/75, o povo português não se deixará intimidar por aquilo que não passa de um tigre de papel.
ABAIXO O GOVERNO DE SÓCRATES, LACAIO E LAMBE-BOTAS DO IMPERIALISMO!
VIVA A LUTA DOS POVOS E NAÇÕES DO MUNDO INTEIRO CONTRA A OPRESSÃO E AGRESSÃO IMPERIALISTAS!
MORTE AO IMPERIALISMO!
NATO FORA DE PORTUGAL!
19 de Novembro de 2010
Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP
(com base em artigo do LUTA POPULAR – ON LINE)
Em consequência de uma profunda crise do sistema capitalista, os trabalhadores portugueses estão a ser sujeitos a um ataque de grandes dimensões por parte do Governo de Sócrates que, à custa de uma exploração selvática de quem vive da venda da sua força de trabalho, pretende assim salvar aquele sistema.
É neste contexto que, em resposta àquela ofensiva e contando com um vasto apoio, tanto dos operários e trabalhadores portugueses como dos seus irmãos de classe europeus, se irá realizar a greve geral nacional do próximo dia 24 de Novembro.
Mas para que se possa estabelecer uma firme e verdadeira unidade de princípio na condução vitoriosa desta greve geral, bem como de todos os movimentos contra as políticas de austeridade, é indispensável que se adopte para esta luta uma estratégia revolucionária.
Cá e no resto da Europa, forjada pelos ideólogos da classe dominante, pelo poder político e pela comunicação social, campeia uma teoria que pretende impor a despolitização da crise actual: as medidas de restrição e austeridade orçamental adoptadas pelos governos, com o apoio directo ou indirecto de todos os partidos parlamentares e do arco do poder, são apresentadas como uma resposta técnica a imperativos financeiros, e não como aquilo que efectivamente são: uma resposta política da classe dos exploradores contra os explorados. Se queres uma boa economia, aperta o cinto!
Esta teoria, que volteia o estandarte da ciência e da técnica económicas para ocultar a estratégia política da burguesia, escamoteia o facto de que os enormes défices orçamentais existentes nas contas públicas, de par com o aumento galopante e incontrolado da dívida soberana, resultam fundamentalmente dos milhares de milhões de euros que foram engolidos pelos bancos e instituições financeiras falidas durante a crise financeira internacional que explodiu em 2008.
No caso português, a explosão do défice orçamental e da dívida soberana ficou essencialmente a dever-se à nacionalização das falências da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), do Banco Português de Negócios (BPN) e do Banco Privado Português (BPP), todos eles instituições fundadas e geridas pela camarilha cavaquista.
O défice orçamental e a dívida soberana resultantes das nacionalizações das empresas fraudulentamente falidas não são da responsabilidade do povo português, nem têm que ser pagos por meio de restrições orçamentais impostas ao povo português.
O povo português deve pura e simplesmente repudiar essa dívida!
A dívida directa total do Estado alcançou já os 152 mil milhões de euros, o que dá mais de 15.000€ a cada português. Às taxas de crescimento actuais, esta dívida é absolutamente insustentável: só no primeiro trimestre do próximo ano, haverá 20 mil milhões de euros de dívida soberana para pagar. E, em 2011, só em juros, Portugal terá de pagar 6,3 mil milhões de euros, mais do que aquilo que gasta com a educação.
Os credores da dívida e os beneficiários dos juros são a Banca internacional, sobretudo alemã e francesa. A dívida é, pois, o instrumento pelo qual a União Europeia explora e oprime o povo português. O povo português está assim condenado a trabalhar até à eternidade para pagar os juros e saldar uma dívida que nunca contraiu e que todos os dias cresce exponencialmente.
É, pois, política, e não técnica, a crise que vivemos.
Para além daquela teoria reaccionária, surge uma outra teoria oportunista, defendida pelas direcções sindicais e pelos partidos de esquerda parlamentar, para os quais as medidas de austeridade impostas pelo poder constituem uma ferramenta para desmantelar o Estado social. E, de acordo com esta teoria, o papel da classe operária e dos demais trabalhadores seria o de unirem forças para salvar o Estado social.
É tão aberrante esta segunda teoria, como aberrante é a primeira. Com efeito, o chamado Estado social não é outra coisa senão uma ditadura da burguesia, como o era o chamado Estado popular, defendido pelos oportunistas nos tempos de Marx, Engels e Lenine.
A estratégia da esquerda indigente, no sentido de unir forças em defesa do Estado social só pode conduzir à derrota total do movimento operário e da revolução.
Face à profunda crise do sistema capitalista – que é a crise que estamos a viver presentemente – cumpre ao movimento operário e comunista recusar frontalmente essa ordem, assuma ela a forma do Estado social ou a teoria dos meios técnicos e científicos da economia burguesa para salvar a crise.
A ordem burguesa, posta a nu na actual crise, deve ser rejeitada e firmemente combatida!
A greve geral nacional do próximo dia 24 de Novembro deve propor-se derrubar essa ordem burguesa, derrubando desde já o governo que a corporiza – o governo do Sócrates!
É para derrubar o governo, primeiro passo no caminho do derrubamento do sistema capitalista em crise, que esta greve deve ser ferreamente organizada.
E, ao contrário do que alguns oportunistas se preparam para tentar fazer, esta greve geral não pode ficar por aqui nem levar à desmobilização geral no dia seguinte, mas antes abrir caminho à intensificação da luta dos operários e trabalhadores pelo seu objectivo político imediato, apoiando e fortalecendo os órgãos de direcção da greve que forem constituídos.
PELO REPÚDIO DA DÍVIDA PÚBLICA!
MORTE AO CAPITALISMO!
ABAIXO O GOVERNO DE SÓCRATES!
VIVA O GOVERNO DOS TRABALHADORES!
17 de Novembro de 2010
O Comité Central do PCTP/MRPP
O chefe bombeiro sapador Correia morreu no cumprimento das tarefas de combate a um incêndio na rua dos Caldeireiros, junto aos Clérigos. O caso deu-se ontem à noite quando a fachada de um edifício em chamas derrocou parcialmente apanhando-o a ele e a outro companheiro. Foi a incúria que o assassinou. A incúria de uns proprietários que viviam demonstrando a incapacidade de cuidar dos próprios bens e, principalmente, a incúria de uma vereação incapaz de impedir que a degradação urbana chegasse ao ponto a que chegou, particularmente naquela zona da cidade.
ABAIXO O GOVERNO! Hoje gritamo-lo, amanhã fá-lo-emos. Esta é uma certeza de todos os proletários portugueses conscientes, a mesma certeza que os proletários russos tiveram ao lutarem até poderem declarar, há 93 anos através do Comité Militar-Revolucionário, o fim do Governo Provisório Russo.
O que está por trás de toda a discussão política de hoje, é saber quem comandará o derrube do actual governo: se a burguesia, encavalitada na luta popular, se o proletariado lutando e dirigindo a luta de todas as outras classes oprimidas e exploradas. E a decisão está na capacidade de o proletariado criar os seus próprios órgãos de poder, democráticos como nunca o foram os órgãos de poder da burguesia, responsáveis por todos os seus actos como nunca o são os órgãos de poder da burguesia, capazes de resolver os problemas do Povo e de responder às reivindicações populares como nunca o serão governos burgueses. A preparação e a realização da greve geral de dia 24 são cruciais neste caminho. Uma participação e uma mobilização populares massivas indicarão a via a prosseguir. E, neste contexto, os proletários portuenses terão uma palavra a dizer.
VIVA O COMUNISMO!
VIVA O SOCIALISMO!
PROLETÁRIOS DE TODO MUNDO, POVOS E NAÇÕES OPRIMIDAS, UNI-VOS!
QUE A REVOLUÇÃO SOCIALISTA DE OUTUBRO VIVA NO CORAÇÃO E NOS ACTOS DOS OPRIMIDOS DE TODO O MUNDO!
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