O teor dos protocolos assinados entre seis dos municípios nos quais os serviços de urgência hospitalar que o governo quer fechar e o ministério da saúde ainda não é do conhecimento público e possivelmente nunca será mas, pelo que já se sabe, nada de bom nem de substancialmente diferente do que a "comissão técnica" propôs resultou dessas assinaturas.
O adiamento do encerramento das urgências de Fafe e Santo Tirso até à reorganização das urgências respectivamente de Guimarães e Famalicão, em cujos centros hospitalares ficarão integrados, já constava da proposta final da "comissão técnica" explicitamente. O mesmo não se pode dizer relativamente ao encerramento das urgências de Espinho pois o que é referido na proposta final da dita comissão é que o centro hospitalar de Vila Nova de Gaia se manterá na mesma até serem criadas as condições de polivalência; ora o hospital de Espinho integra esse centro hospitalar, donde, não explícita mas implicitamente estava já suposto o adiamento do encerramento. Nestes três casos o governo apenas está a utilizar os presidentes da câmara na contenção da revolta popular: o plano consiste no fecho paulatino das urgências, pela calada, quando todos estiverem adormecidos.
Restam o Montijo, Macedo de Cavaleiros e Cantanhede. Pelas palavras da presidente da câmara do Montijo o que saíu da negociação foi a "criação" do centro hospitalar Barreiro/Montijo do qual as urgências do Montijo serão um componente, para além do prolongamento do horário de atendimento no Centro de Saúde das 20 até às 22 horas, todos os dias de semana, e a abertura aos feriados e fins de semana até às 15 horas. O que não disse foi quanto tempo vão ficar abertas as urgências no Montijo, pois o modelo é o mesmo de Espinho, Santo Tirso e Fafe: passarão a "sucursal" de um centro hospitalar e, a exemplo das situações semelhantes, terão igual destino, o fecho paulatino e pela calada.
Cantanhede reduz o horário em 8horas (encerra das 0 às 8), aumentando em 7horas o horário das análises e 2 o horário da radiologia, também não se sabe por quanto tempo. Para Macedo de Cavaleiros é a história das estradas: quando as ligações a partir de algumas das freguesias forem melhores para Mirandela ou Bragança (os tais 45 minutos), é o fecho que estará na mira.
Resta dizer que a via escolhida para o encerramento das urgências é a sua transformação em apoios à actividade em ambulatório, em cuidados continuados e em "consultas abertas" com possibilidade de diagnóstico para casos agudos não urgentes nem emergentes, ou seja, pouco ou nada mais do que estes hospitais actualmente já fazem. Há também a promessa da localização das VMRE (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) primacialmente nesses locais, mas não neste momento porque é preciso comprá-las e são um investimento vultuoso (grande parte do tal "investimento vultuoso" a que, na propaganda, se refere o ministro mas que não está orçamentado) que servirão para situações de grande gravidade, mas não para a grande maioria das ocorrências urgentes. As febres altas, as cólicas e os pequenos ferimentos são tratáveis facilmente em qualquer urgência desde que a haja perto, não carecem de transporte em VMRE . Não é só a gripe das aves que é mortal, nem são só os "grupos de risco" que correm risco de vida, a gripe vulgar, em dadas circunstâncias pode matar, e cólicas só são suportáveis por mais tempo por quem não as tem e é isso que as VMRE não evitarão e uma urgência perto poderia evitar.
Clamam agora vitória para o povo, PSD, BE e presidentes de câmara, mas é isso que o governo Sócrates/Cavaco quer: adormecer, quebrar a luta, dividir para depois prosseguir os seus intentos sem oposição popular. Aos métodos traiçoeiros do governo junta-se agora a traição dos tolos (alguns talvez não tolos pois que, como por exemplo o PSD, fariam o mesmo estando no governo).
O que é preciso é manter a luta, pois só a luta gorará os intentos do governo e dos seus aliados.
POR UM SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE EFICAZ E EFICIENTE AO SERVIÇO DO POVO!
ABAIXO O GOVERNO SÓCRATES/CAVACO!
O POVO VENCERÁ!
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