A demissão do ministro Relvas, homem de mão e da total e absoluta confiança do primeiro ministro, para além de representar uma primeira derrota imposta pelo movimento de massas, devia e deve, contudo, ter como consequência a demissão imediata de Passos Coelho e de todo o seu governo que desde sempre lhe deu cobertura.
Como é sabido, Miguel Relvas, para além de um matreiro oportunista que julgava safar-se das aldrabices na obtenção de um título universitário, evidenciou-se como o mais odioso e odiado defensor e executor da política de traição nacional do governo PSD/CDS.
Relvas tornou-se, por isso, a imagem de um governo sem escrúpulos e sem o mínimo rebuço na perseguição aos trabalhadores e na liquidação da nossa economia e destruição da soberania nacional.
Mas não é com a demissão de Relvas e a sua substituição por um outro, mesmo com um curso não aldrabado, que o problema político essencial do país fica resolvido.
É que sem o derrube deste governo de traição nacional e a formação de um governo democrático patriótico, com ou sem eleições legislativas, não será possível suspender imediatamente o pagamento de uma dívida que se tornou impagável e adoptar as medidas para a saída do país do euro, antes que, independentemente das decisões do tribunal constitucional, os rendimentos do trabalho e as pequenas economias sejam contínua e progressivamente confiscados, à semelhança do que sucedeu com Chipre.
Lisboa, 4 de Abril de 2013
O Gabinete de Imprensa do PCTP/MRPP
O PCTP/MRPP saúda vivamente a classe operária e os trabalhadores portugueses pela derrota que souberam infligir ao governo com a vigorosa greve geral de ontem.
Mas tal como o nosso Partido tem alertado, a situação é de tal modo grave para quem vive da venda da sua força de trabalho, para os desempregados e reformados que esta forte greve geral não pode dar lugar a uma desmobilização geral, tornando-se assim inútil.
É imperioso, antes de mais, que se consigne e se imponha como objectivo político fundamental do movimento operário português e das greves gerais que se devem suceder o derrube do governo de Sócrates e a luta por um governo dos trabalhadores.
Ninguém pode esperar que este governo mude a sua politica e passe a praticar a política da classe antagónica àquela que ele representa.
Esta inequívoca demonstração da força da classe operária e dos trabalhadores não pode, pois, ser esbanjada nem desviada para becos sem saída do oportunismo.
A greve geral de ontem mostrou ainda que é necessário agora unir a luta dos trabalhadores portugueses à luta dos trabalhadores europeus com vista à convocação e organização de uma greve geral europeia.
Lisboa, 25/11/2010
O Gabinete de Imprensa do PCTP
NOTA À IMPRENSA
Acossado pelos seus patrões imperialistas europeus e pelo grande capital financeiro, encabeçado pela Alemanha, a que eufemísticamente passou a designar por mercados, Sócrates anunciou hoje um novo conjunto de medidas celeradas que se propõe, umas, aplicar imediatamente e, outras, instituir sem prazo, como são a do roubo de 5% do salário dos trabalhadores da função pública e o congelamento das pensões.
Estas medidas representam uma inaceitável provocação aos que (sobre)vivem exclusivamente da venda da sua força de trabalho bem como aos desempregados, milhares deles sem subsídio de desemprego, e pensionistas, todos já a sofrer com os PEC.
Sempre sob o demagógico, chantagista e já pestilento pretexto de que os enormes e brutais sacrifícios impostos aos operários e trabalhadores são inevitáveis em nome do interesse nacional, do país e dos compromissos assumidos por Portugal em matéria de défice orçamental, o Governo do PS de Sócrates, com a generosa compreensão de todos os restantes partidos da chamada oposição, pretende sistematicamente escamotear que o interesse nacional de que fala é exclusivamente a preservação da zona euro e dos interesses do grande capital monopolista europeu sob a hegemonia da Alemanha e que o país que invoca é o país dos capitalistas seus lacaios e que os compromissos em matéria de défice são da única responsabilidade da política de definhamento económico do Governo – nada, portanto, tem a ver com os interesses dos explorados nem com o país dos oprimidos.
Mais uma vez, nenhuma das execráveis propostas de redução da despesa pública ou do aumento da receita fiscal belisca as posições dos grandes capitalistas e da Banca – daí que facilmente obtenham o apoio consensual de todos os economistas burgueses, cada vez mais apavorados com a erupção da latente e crescente revolta dos trabalhadores.
Como também nenhuma dessas propostas se traduzirá noutra consequência que não seja a de aumentar ainda mais o desemprego, a redução do já débil poder de compra e um inevitável alastramento da fome e da miséria.
Desde o BE ao PSD, todos os partidos se declararam apostados em evitar uma crise política – isto é, nenhum deles está interessado em derrubar este Governo e impor uma política que, no entender do PCTP, passa entre outras medidas, pelo repúdio da dívida pública, uma dívida que não foi o povo que a contraiu, nem foi o povo que dela beneficiou.
Para o PCTP/MRPP chegou o momento de a classe operária, os trabalhadores, os jovens e os desempregados rejeitarem a via do oportunismo e da capitulação expressa em manifestações fracassadas e imporem às organizações sindicais a convocação, preparação rigorosa e realização de uma GREVE GERAL NACIONAL pelo derrube do governo e da política de bloco central.
Lisboa, 29 de Setembro de 2010
O Gabinete de Imprensa do
PCTP/MRPP
As novas medidas celeradas de Sócrates – este Governo e o Bloco central que o ampara devem ser derrubados
Tal como se esperava, por ser próprio de um governo de sacripantas e vende-pátrias, o Governo do PS resolveu intensificar e alargar as suas medidas contidas no PEC inicial, todas elas para fazer a classe operária e os trabalhadores pagarem as consequências de uma crise para a qual em nada contribuíram e com a qual nada têm a ver.
Perdendo de vez a vergonha e contando com o apoio mais explícito do PSD, que aliás nunca lhe faltou, Sócrates, encenando a farsa de distribuir os custos do endividamento externo por todos, anuncia agora desesperadamente medidas que antes repudiara e que certamente não ficarão por aqui, e que atingem exclusiva e gravemente os que vivem do seu trabalho, os desempregados e os pobres.
Não está aqui em causa discutir se os impostos devem subir mais ou menos ou se corta nos subsídios de desemprego e noutras prestações sociais em lugar de roubar a parte do salário relativa ao 13º mês.
O que está em causa é toda a política que subjaz às medidas do PEC e ao que agora eufemísticamente se chama de medidas adicionais.
É que, em lugar de definir um plano de desenvolvimento económico para o país, única via geradora de emprego, este Governo, apenas se preocupa em adoptar medidas financeiras e orçamentais assentes num ataque desmedido e sem precedentes aos trabalhadores, para à custa destes satisfazer os abutres especuladores financeiros internacionais e os interesses das grandes potências industriais europeias, com a Alemanha à cabeça.
A situação é grave, não para os capitalistas a quem este plano e estas medidas visam salvar, mas para o povo trabalhador que, a deixar passar esta política, será atirado para condições de sofrimento, de miséria e de exploração inauditas, sem que possa alimentar sequer a mínima expectativa de se libertar delas, enquanto à frente dos destinos do país estiver um governo de bloco central, com o apoio e empenhamento de Cavaco Silva.
Aos trabalhadores portugueses resta lutar e lutar arduamente, colocando como objectivo político dessa luta, em solidariedade com a luta dos restantes povos da Europa, o do derrubamento deste Governo e a derrota desta política.
E para alcançar esse objectivo, é indispensável construir uma forte e ampla unidade da classe operária, dos trabalhadores, dos desempregados, dos democratas em torno da organização e realização vitoriosa de uma Greve Geral Nacional.
O PCTP/MRPP tudo fará para não deixar passar sem a resposta adequada esta declaração de guerra, denunciando os oportunistas e os cobardes que, aparentando divergir do governo, se tornam seus prestimosos cúmplices.
Lisboa, 13 de Maio de 2010
O Gabinete de Imprensa do PCTP/MRPP
O arremedo do chamado programa de estabilidade e crescimento (PEC) recentemente apresentado, ou melhor, mostrado pelo Governo do PS aos seus parceiros do Parlamento, suscita, desde logo e naquilo que deixa entrever, o repúdio total do PCTP/MRPP, por se tratar de uma autêntica declaração de guerra aos trabalhadores portugueses, cujas condições de vida não têm cessado de se agravar com a politica governamental do partido socialista.
NOTA À IMPRENSA
NOTA À IMPRENSA
Sobre a recente remodelação no governo de direita
1. A remodelação governamental ontem anunciada e hoje concretizada constitui prova provada do crescente isolamento político do governo de direita do Engº. Sócrates junto do povo trabalhador português.
Com efeito, tal iniciativa resulta, em primeiro lugar, da resistência popular oposta pelos trabalhadores e pelo povo ao actual executivo, a qual vem conduzindo este ao mais indisfarçável nervosismo – apesar de todo o esforço feito em contrário pelas «agências de comunicação» pagas pelo Partido “Socialista” através do erário público…
2. A remodelação, assim, visa suster o crescente isolamento político do governo, mas não vem alterar substancialmente em nada a sua política reaccionária – sendo significativo, a este propósito que, mesmo antes de ter tomado posse, a nova ministra da Saúde tenha feito questão de salientar que a política para esta área, sob a sua direcção, é para ser mantida…
3. Nestes termos, resta ao povo trabalhador português intensificar a luta pelo total isolamento do governo Sócrates/Cavaco e pelo seu derrube, sob pena de se continuar a agravar de forma inaudita a grave crise económica, social e política em que o país se encontra mergulhado.
O Governo Sócrates/Cavaco pode e deve ser derrubado!
Lisboa, 30 de Janeiro de 2008.
O Gabinete de Imprensa do PCTP/MRPP
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