Adensam-se os factores da unidade popular. As direcções partidárias são ultrapassadas face à necessidade popular de união. A dúvida ainda permanece, mas está prestes a dissolver-se. O que une o povo é a aversão por um governo vende-pátrias, adorador da Merkel e dos mercados, esbulhador dos pobres e subsidiador dos ricos, que odeia, e faz por mostrá-lo, quem vive do seu próprio trabalho. Já ninguém tem dúvidas: só correndo com o governo PSD/CDS se poderá abrir portas à inversão da situação de progressivo descalabro do país e de miséria do povo. E essa é a disposição popular. O Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP) saúda e incentiva esta unidade de raiz popular que agora surge bem como o seu espírito combativo!
Mas já todos viram que, escudando-se numa maioria parlamentar (mesmo que todos saibam que foi obtida com mentiras populistas), o governo só cairá por capricho de um dos partidos da coligação, se e quando, nos seus cálculos, isso lhe for favorável. Também está visto que só obrigado o presidente demitirá este governo que é o seu, já que tudo tem feito para o manter, desde o serviço de intermediação entre os parceiros desavindos da coligação até ao fechar de olhos à irregularidade no funcionamento do mesmo.
Portanto a única forma de correr com eles é a luta. Luta dura. A Greve Geral Nacional. Não uma greve apenas dos trabalhadores por conta de outrem nem de um só dia; sim uma greve que paralise totalmente o país até que o governo caia, envolvendo todas aquelas classes que este governo quer esmagar em subserviência ao imperialismo troicano.
É preciso dissolver a dúvida que ainda permanece em largos sectores populares sobre como vai ser o futuro, sobre o caminho a percorrer. São precisas certezas sobre qual tipo de governo que precisamos. E isso é possível!
É um governo capaz de correr com os corruptos e os vendidos, julgá-los e condená-los; com a coragem de suspender imediatamente o pagamento da dívida, de expulsar a tróica e de preparar a saída de Portugal do euro; que saiba assegurar um crescimento económico em independência e em harmonia com todos os restantes povos do mundo. Um governo assim é um governo democrático patriótico.
NÃO PAGAMOS!
GREVE GERAL NACIONAL!
ABAIXO O GOVERNO DE TRAIÇÃO NACIONAL!
GOVERNO DEMOCRÁTICO PATRIÓTICO!
O POVO VENCERÁ!
Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP
1 de Junho de 2013
Só para não esquecer...
Segundo a imprensa decorre ainda “a maior ofensiva militar desde a tomada de Cabul” e consequente vitória militar da NATO sobre “os talibãs e al Caida”.
"... o combate da mulher
é um combate da humanidade..."
Samora Machel
Cada vez mais o 8 de Março tem vindo a ser ridicularizado por uns, descontextualizado das suas razões objectivas por outros além de que passou a ser mais um belo dia para o consumo.
Façamos um pouco de história e logo veremos que não podemos deixar o assunto por tão pouco.
Em 29 de Agosto de 1910, na 2ª Conferência das Mulheres Socialistas, realizada em Copenhaga, foi aprovada a resolução de se organizar, em todas as nações, um dia dedicado às mulheres que tinha como primeiro objectivo, entre outros, lutar pelo direito ao voto. Proposta por um grupo de mulheres americanas socialistas, a resolução foi aceite por todos os presentes de várias nacionalidades, não fixando dia ou mês para tal comemoração. As primeiras manifestações que foram realizadas para celebrar este dia aconteceram sempre por finais de Fevereiro ou Março só se fixando o dia 8 de Março em 1919. Homenageavam-se as operárias tecelãs e costureiras novaiorquinas que, em Março de 1857, haviam morrido queimadas em plena greve por melhores condições de trabalho e redução das 12 horas diárias laborais. Honravam-se as 600 trabalhadoras russas que morreram às mãos da polícia czarista durante a greve dos 86 dias (22/11/1909 a 15/2/1910). Lembravam-se as feministas americanas e europeias que lutavam pelo direito ao voto. Celebrava-se a consciência da desigualdade. Celebrava-se a coragem de tantas mulheres que exigiam pão, paz, condições seguras no local de trabalho, horários compatíveis com a vida familiar e a capacidade humana, direito a intervir nos destinos do seu país pelo voto, direito à educação, direito à igualdade de oportunidades, direito, direito, direito. Desta época destacam-se os nomes de Clara Zetkin, socialista alemã, directora do jornal “A Igualdade”, membro da Internacional Socialista, Alexandra Kollontai, revolucionária bolchevista contemporânea de Lenine a quem se deve a fixação da data no dia 8 de Março. Mais tarde, em 1975, a Organização das Nações Unidas adopta a data para lembrar quer as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres como as discriminações e as violências a que muitas ainda estão sujeitas em todo o mundo.
O rigor de alguns factos que se apresentam carece ainda de investigação isenta, se tal pode acontecer. As interpretações que existem, sobretudo a partir da década de 60 do século passado, valorizam certos acontecimentos e privilegiam intervenientes em detrimento de outros, construindo a história a partir do seu ponto de vista ideológico. Mas uma coisa é certa e é essa que nos faz afirmar que este centenário não pode passar em branco: a resolução de dedicar um dia no ano às causas da mulher é fundamental para a emancipação dos povos.
Muito se avançou neste século no que respeita às conquistas emancipativas da mulher mas sabemos todos que, quer a oriente quer a ocidente, quer a norte quer a sul, a opressão da mulher na vida profissional e na vida privada é uma realidade porque é uma consequência da sua exploração na sociedade tal como o é a exploração dos homens. Falar desta forma nos dias que correm provoca em alguns um sorriso amarelo, sobretudo naqueles que pensam que o questionamento posmodernista e as suas teorizações resolveram os problemas modernistas e fizeram caducar as reivindicações elementares. Grassa por aí uma fraseologia “pacifista” e de “luta pela paz” quando, afinal, todos os dias nos é declarada guerra no local de trabalho, na escola, no escritório, na fábrica, na empresa, no campo, na clínica, no banco, guerra essa que temos vindo a perder por falta de consciência do valor que tem a nossa capacidade de trabalho. O que todos sabemos e não podemos esconder atrás de discursos aparentemente progressistas é que a mulher continua a sofrer na carne a opressão física: baixos salários, horários laborais longos, tardia idade para a reforma, falta de apoio eficaz ou inexistente para os seus filhos, desemprego por ser mulher, desemprego por maternidade, duplicação do horário de trabalho por, na maior parte dos casos, ser responsável por todas as tarefas domésticas e de educação dos filhos, discriminação de género quanto a salários e quanto a cargos de chefia. A lista de situações objectivamente opressivas é longa mas não está completa. Mas não é só fisicamente que sofre opressão, sofre-a também no plano moral e psicológico. É sobretudo entre as mulheres que os poderes da superstição, do obscurantismo, da ignorância mais se alimentam mantendo-as num estado de medo permanente, destruindo-lhes o espírito de iniciativa criadora, liquidando-lhes o sentido de justiça e crítica, reduzindo-as à passividade, à aceitação do estado de exploradas e oprimidas como coisa normal. Deste modo surge o estado da humilhação e do desprezo em que a mulher se habitua a viver aceitando-o como um destino próprio do facto de se nascer mulher. E deste modo as mães educam as filhas e, sem querer, vão perpetuando a condição imprópria da subalternidade.
É esta aparente inevitabilidade da condição da mulher (que hoje ainda continua a ser fomentada em todo o mundo) que conduz à sua alienação relativamente aos assuntos sociais, económicos e políticos por mais leis das quotas que decretem. Claro que a alienação não é só dela, é também do homem pois sofre dos mesmos medos de humilhação, de ser oprimido, de ser despedido, de ganhar pouco por muito trabalho. Os mecanismos usados para o alienarem e assim contarem com a sua passividade são os mesmos e, muitas vezes, eles próprios os usam contra as mulheres suas companheiras, não compreendendo que ambos fazem parte da massa imensa de explorados.
Claro é, se atentarmos à história humana, que esta situação não se verificou sempre. Ela é resultado do facto do Homem ter começado a produzir mais do que necessitava para o seu consumo tendo, de imediato, surgido uma camada minoritária que se apropriou desses bens excedentários iniciando as relações opressivas de uma minoria sobre uma maioria.
Chegados a este ponto da leitura, muitos dirão que este assunto está esgotado, que, olhando à nossa volta, já nada se passa assim. O mundo avançou, as leis laborais evoluiram, a maternidade é respeitada, o voto é um dado adquirido, há muitas mulheres em cargos de chefia emparceirando com homens, só é oprimido quem se deixa oprimir, que o assunto passou a ser do foro privado e cada um é que sabe da sua vida e daquilo de que gosta. E é então que convidamos os leitores a olharem para o mundo, para a situação das mulheres africanas, das árabes, das chinesas, das sul e norte-americanas, tailandesas, coreanas, tantas europeias, licenciadas, mestradas, doutoradas, e observemos os seus estatutos laborais e sociais. Não excluímos da lista o estatuto da mulher portuguesa que, cem anos passados sobre a 1ª República, três décadas passadas sobre o 25 de Abril, continua desesperadamente a ver os seus direitos conquistados a serem subtraídos num abrir e fechar de olhos, tudo em nome de uma crise de que não tem culpa e com a qual não colaborou.
Chega então o 8 de Março e abraçamo-nos e beijamo-nos alienados das razões que motivaram aquelas mulheres que morreram na fábrica de Nova Iorque, das que morreram nas ruas de Moscovo, das que morrem todos os dias por razões étnicas, religiosas, de insalubridade no trabalho, por excesso de esforço, por maternidade, infecções sexuais ou outras, por violência doméstica. Os motivos que levaram à resolução, em 1910, de ser marcado um dia específico para lembrar os problemas das mulheres em todos os países continuam pertinazes, quer os específicos quer os comuns aos homens. Basta olhar à nossa volta.
Vamos continuar assim?
Hermínia Bacelar
Na senda de antiga pretensão do presidente da câmara do Porto de silenciamento (para "deixarem trabalhar") das associações e colectividades do município, passa a constar dos protocolos em que são condicionados os financiamentos a um dado objectivo ou programa e assinados entre essas instituições e a câmara, "cláusula de salvaguarda" em que as mesmas instituições tomam o comprometimento de se absterem de a criticar. O arrazoado justificativo, entretanto avançado em comunicado pela câmara, nada adianta ao significado da medida. Apenas o confirma. Nesta terra de lutadores pela liberdade a impunidade de tal facto será uma derrota. Por isso não ficará impune.
Post scriptum: ocorre-nos, dadas a vida da cidade e as tomadas de posição públicas dos diversos intervenientes, que a tal "cláusula de salvaguarda" não seja algo de genérico e apenas "preventivo", mas que tenha sido aprovada porque existem, para o presidente, alvos imediatos a liquidar, pois que outros argumentos, como a falta de capacidade, falta de trabalho já realizado etc. desses alvos, não poderão ser usados, dadas as evidências, para negar o suporte material que as funções desempenhadas obrigariam a câmara a fornecer.
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SUSCITAR A FISCALIZAÇÃO SUCESSIVA DA LEI DO ARRENDAMENTO/LEI DOS DESPEJOS
Pela revisão do regime de renda apoiada e suspensão da actualização das rendas
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