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Terça-feira, 7 de Janeiro de 2014

Casino da Póvoa de Varzim: janeiras anti-Vinagre

Ontem, os 21 trabalhadores alvo de despedimento colectivo do Casino da Póvoa, com membros da direcção do sindicato de hotelaria e estudantes, dirigiram-se à  Senhora da Hora, à frente da residência do sr. Dionísio Pereira Vinagre, administrador do mesmo e responsável directo imediato de um processo de despedimento inclassificável pelo nível de podridão que envolve, onde lhe cantaram as seguintes janeiras (entre outras) com a melodia do "Natal dos Simples", além de gritarem palavras de ordem apropriadas à situação, envergonhando-o perante a vizinhança e denunciando perante o povo a situação:

 

Vamos cantar as janeiras

Vamos cantar as janeiras

 

Pelo teu quintal adentro Vinagre

Cantamos palavras certeiras

 

Somos os trabalhadores

Somos os trabalhadores

 

12 milhões já investidos

E os despedidos ficam com as dores

 

Temos muito que lutar

Temos muito que lutar

 

No casino ou no tribunal

As armas não vamos baixar

 

Não nos cansa esta lonjura

Não nos cansa esta lonjura

 

Por mais que tentes, oh Vinagre

Não aceitamos esta loucura

publicado por portopctp às 14:40
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Sexta-feira, 8 de Novembro de 2013

9 de Novembro: trabalhadores do CASINO da Póvoa de Varzim juntam-se ao movimento grevista lutando contra os despedimentos colectivos (actual e futuro)

 

Concentração/Vigília de apoio à greve em frente ao Casino dia 9 de Novembro a partir das 19:00

Ainda havia uma réstia de esperança em relação à reunião com os representantes da concessionária do jogo na Póvoa de Varzim e com a representante do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Mas a ilusão numa eventual racionalidade esfumou-se. Nenhum acordo, que tivesse em conta as considerações apostas pelos representantes dos trabalhadores em contraposição à intenção de despedimento, foi possível. Nada. E isto num momento em que não se vislumbram nem prejuízos nem sequer dificuldades de qualquer género e apenas se apontam quebras nos lucros!

Nada de reduzir gastos, escandalosamente exorbitantes, nas mordomias da administração e da direcção, a única coisa que interessa à Varzim Sol é despedir. Hoje 21 trabalhadores… e vai soprando que, a seguir, são mais 50. É a habitual táctica capitalista de terror sobre os trabalhadores, agora também em aplicação sobre os restantes 220 que, para já, ficam. Mas tudo se passa quando se prevê, no breve trecho, uma necessidade de novas admissões e exactamente nas mesmas áreas em que agora se concentram os despedimentos: vão abrir, espalhadas pelo país, salas com máquinas de jogo exploradas pelas actuais concessionárias de casinos, cujos quadros de pessoal obrigatoriamente contarão com trabalhadores com funções de caixa ou similar e de apoio aos clientes, obrigando, naturalmente, a realargar de novo a secção de pessoal agora em “reajuste”. Porquê, então, os despedimentos?

Sem pôr de lado o que parece ser um certo prazer sádico de esmagar a dignidade dos trabalhadores que acompanha a classe capitalista e os seus capitães-generais na guerra de classes em curso, um objectivo com resultados bem sonantes: consumar alterações de categorias e respectivas funções rasgando unilateralmente o AE e o CCT. A história, que antecedeu a luz do dia da intenção de despedir, diz tudo.

Aos caixas-fixos, caixas privativos e ficheiros-fixos foi proposto que, no espaço de 24 horas, assinassem um contrato de polivalência no qual se diz, entre outros pérolas de transparência, que as novas “funções consistem, entre outras, em:”, e segue uma descrição da acumulação de funções. O negrito e o sublinhado não são nossos, são da própria proposta. Quem não assinou (16), está hoje na lista de trabalhadores a dispensar.  

Aos “assistentes de marketing” nem isso foi proposto: a categoria foi extinta e todos (4) estão na lista. Entretanto, foi criada outra categoria – hoje com funções ligeiramente diferentes das de assistente, amanhã se verá – a categoria de “técnico de marketing”, exigindo um pouco menos preparação e, portanto, mais barata.

No meio está também na lista um técnico de recursos humanos, que surge para dar coerência à coisa (menos pessoal no casino menos pessoal na secção de pessoal).

Resta dizer que, significativamente, sete dos dez representantes dos trabalhadores fazem parte da lista.

E o objectivo da administração da Varzim Sol fica cumprido: novas categorias, novas funções, menos obrigações , e menos objecções às suas práticas (por exemplo, o não pagamento integral do trabalho ao fim-de-semana e incumprimento do horário). Mas não ficará! Os trabalhadores do Casino e a solidariedade do Povo oporão resistência e vencerão.  Então de nada lhe valerá o suporte político do governo, nem da tróica, nem de ninguém, nomeadamente do presidente da câmara, um habitué das festas privadas pagas pela Varzim Sol, que só agora recebeu a CT, mas nada faz para impedir o desemprego.

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Quinta-feira, 13 de Junho de 2013

CASINO DA PÓVOA - Subsídios encapotados do governo para despedimentos

As obras iniciaram-se vai para mais de um ano, mas ainda não foram concluídas. Fala-se já em “derrapagem” nas contas de mais de 1 milhão de euros.

Os quase 12 milhões pretensamente gastos (porque há quem diga que as obras não valem sequer metade, e já se vai perceber porquê) dariam para construir, decorar e mobilar um casino de luxo de raiz, mas não, deram apenas para “modernizar” o antigo.

E em que consiste essa “modernização”?

Para além das necessárias obras normais de manutenção, esconder algumas tristezas com uns painéis e, fundamental, alterar o lay-out da “produção”. 

Antes das obras, na área das Máquinas havia uma caixa em cada sala (salas Parking, Garden e City), e em cada caixa existia um posto de trabalho. Para 3 postos de trabalho, o quadro era de 12 caixas-fixos, o que permitia um normal funcionamento das caixas no atendimento aos clientes.

Actualmente, no novo lay-out, decidiram concentrar todas as caixas numa sala (City) existindo duas caixas, uma em frente da outra, e em cada existem 2 postos de trabalho (aumentou teoricamente 1 posto de trabalho) mas por despedimento de 1 caixa-fixo por alegado comportamento ilegal fundamentado em imagens, ao arrepio do que diz a lei nessa matéria, o quadro dos caixas-fixos hoje é de 11 elementos, o que é manifestamente insuficiente para ter as 3 caixas sempre abertas ao público, e é necessário quase diáriamente as chefias pedirem aos trabalhadores “colaboradores” que troquem de turno para tapar os buracos na escala, criando por vezes a situação ridícula e grave de só ter 1 posto de trabalho aberto em 4!

Um destes postos de trabalho deve, no organograma da sala de máquinas, ser ocupado por um caixa privativo, categoria superior mas que está em risco de extinção, pois o seu trabalho limita-se, hoje, ao pagamento de prémios manuais e ao reprint de algumas guias, quando o sistema informático avaria.

As anteriores funções desta categoria foram atribuídas a uma nova categoria, a de caixa central, criada à margem de qualquer negociação com esse nome pomposo para designar 6 trabalhadores que saíram do quadro dos caixas privativos (eram 12), que passaram a receber mais 400 euros, como pagamento da confiança da empresa (ou não tivessem todos saído  dos  sindicatos em que estavam filiados...) e que  efectuam o mesmo trabalho que faziam anteriormente. Os restantes 6 foram “convidados” a assinar um acordo de polivalência. Um recusou-se e foi bastante pressionado e ameaçado (por ser dirigente sindical, percebeu que o documento é ilegal, pretendendo criar uma outra nova categoria de caixa-misto-faz-tudo e assim reunir as condições para um eventual despedimento colectivo, por pretenso excesso de pessoal, a  lista de "gorduras").

Nessa lista de “gorduras” estão os trabalhadores que não foram convidados a assinar esse acordo de polivalência, fazendo parte 3 elementos da actual Comissão de Trabalhadores e um antigo membro da formação inicial da CT no Casino.

Estes 4 heróis sempre lutaram pelos direitos dos trabalhadores, nunca tiveram receio de ir para Tribunal contestar os vários processos disciplinares de que foram alvo, alguns dignos de um romance de Kafka (Processo Disciplinar, PD, por se recusar a marcar e comparecer a uma consulta médica depois de a ter feito, PD por comer morangos, ler jornais, trabalhar descalço, apagar a luz por segundos, PD por usar o telemóvel, enganar-se num pagamento a um cliente...) tendo ganho a maioria deles, no Tribunal da Relação do Porto, pois o de Trabalho de Barcelos não é muito amistoso para os trabalhadores do Casino da Póvoa... vá-se lá saber porquê...
Assim, a nova disposição das caixas após  as obras, pode criar ou não “filas” entre os clientes mas cria, comprovadamente, a possibilidade de 1 caixa fazer o trabalho de 3.

E quem paga as obras? 50% a concessionária, 50% o Estado! É que o edifício do Casino pertence ao Estado, e o contrato de concessão estabelece que as obras são pagas a meias, claro está, após aprovação do projecto pelo Estado/tutela. Ou seja, o governo sabia do projecto, que este implicava despedimentos, e foi capaz de meter dinheiro no assunto. O que é isto senão o Estado subsidiar o Casino para despedir? Deve ser mais um daqueles projectos ruinosos para atrair operadores de turismo, oferecendo-lhes condições de privilégio inomináveis, em que os últimos governos têm sido pródigos.

No que respeita aos trabalhadores do Casino, nomeadamente das categorias de “caixa”, até agora falámos das possibilidades. Falemos agora das realidades. A táctica Casino é clara: instalar um clima de terror no seio dos trabalhadores. Dos 36 “caixas” chamou 26. Os restantes 10 seriam para despedir. Mas os 26 também! Se não assinassem um documento em que se dispunham a aceitar a polivalência. E mesmo assinando, nada garantiria que não fossem incluídos, também, no despedimento colectivo em programação.

A “tal” promessa, de há uns meses, do novo capataz de pôr a funcionar as salas de jogo com menos 30 funcionários, aqui está.

Por turno, actualmente, são necessários na sala de máquinas: 1 chefe de sala ou adjunto, 3 fiscais, 3 caixas centrais,  1  caixa privativo, 3 caixas-fixos, 5 contínuos/porteiros, 3 técnicos, 2 operadores EZPAY = 21+ 21 = 42  mas são necessários mais 20 para as folgas e férias. O quadro actual da sala de máquinas é de 69 elementos, mas já foi de perto de 150 trabalhadores.  Em menos de uma década, a Varzim-Sol diminuiu o quadro de pessoal das máquinas para metade!! Para onde foi o dinheiro dessa "poupança" com salários???

Mas os requintes não se ficaram por aqui: não houve qualquer reunião (com os sindicatos ou a comissão de trabalhadores) não houve qualquer aviso prévio ou comunicação, os 26 foram, a seco, chamados um a um à presença do seu chefe pessoal e de um director ou equivalente (os caixas da sala de máquinas ao gabinete do chefe de sala, José Fernando, e respectivo director da SM, Eng. André; os caixas da sala de Jogos tradicionais ao gabinete da responsável pelo departamento financeiro – Elizabete Peixoto e do seu chefe, Bruno Batista) para lhes ser posto o documento à frente para assinar e dado o prazo máximo de 1 dia para aceitarem ou recusarem. Alguns foram pressionados e ameaçados com o despedimento se não assinassem!

Mas nem assim! Uma parte importante dos “caixas” recusaram assinar. O Casino tem agora à perna a ACT por causa deste caso. Mas sabemos que o casino voltará à carga se as condições políticas lhes forem favoráveis, já que, a dado momento, meteram uma série de estagiários a trabalhar quase á borla no Club-In.

Portanto, o que há a fazer, para além de resistir a todas as investidas do Casino, é impedir que as condições políticas lhe sejam favoráveis, é correr com este governo vende-pátrias, é constituir um governo democrático patriótico.

publicado por portopctp às 23:00
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Quinta-feira, 10 de Março de 2011

Truques e mentiras nos apoios sociais à formação profissional. CFP de Viana do Castelo

Na mesma senda de agravamento das condições de vida dos trabalhadores e desempregados, também  os adultos e jovens em formação profissional viram recentemente aprovado pelo governo Sócrates/Cavaco/Passos Coelho um despacho normativo que diminui o valor dos apoios sociais aos formandos carentes a níveis ridículos (para mais quando a recusa em participar acarreta a penalizações que podem ir à suspensão da atribuição de qualquer apoio social para situações de total ausência de rendimentos) e que também reduz substancialmente o valor máximo do preço-hora dos formadores (a recibos verdes) bem como do custo/hora.formando, tudo para os cursos aprovados a partir do passado dia 1 de Janeiro de 2011.

Assim, por exemplo, o valor máximo da bolsa de formação a tempo completo (mínimo de 30 horas por semana, mas realmente 35) passa de um valor mensal igual ao IAS para 50% desse valor; o máximo do subsídio de transporte onde não haja transportes públicos e num momento em que  os combustíveis já subiram  cerca de 50% em relação aos preços de há um ano atrás,  passa, no caso geral, de 12,5% para 10% do IAS; deixa, pura e simplesmente, de ser paga a bolsa de formação no período férias de duração máxima de 22 dias úteis para cursos com 1200 ou mais horas formativas (portanto com, aproximadamente, um mínimo de 35 a 40 semanas de duração); o somatório dos apoios sociais a pagar a cada formando com direito a bolsa (sem quaisquer ou com baixíssimos rendimentos na família) passa a 85% do IAS, o que reduz a pura falácia os máximos apontados para conjunto dos apoios sociais enunciados (50% do IAS de bolsa + 50% do IAS de apoio ao acréscimo real de encargos do  formando com dependentes por via da participação na formação + aproximadamente 20% do IAS de subsídio de refeição que pode em alguns casos ser obrigatoriamente atribuído em natureza  + 10% do IAS ou mais, dado que, muitas vezes, o passe social necessário para a deslocação para o local de formação ultrapassa em muito essa percentagem, soma 130% do IAS, dos quais 80 nesse caso extremo serão acréscimos de gastos do formando pela razão de frequentar o curso, ou seja,  dos 85 sobrarão 5 a formandos que, se têm direito a bolsa, é porque não têm rendimentos superiores ao RSI, que, função da atribuição da bolsa será reduzido de 45  ou 31% do IAS, consoante é o 1º ou outro adulto do agregado familiar, para cerca de 10% do IAS,  o que faz com que quem tinha a miséria de  45% ou 31% do IAS para sobreviver, passa a ter cerca de 15% do IAS, ou seja 60€ por mês, para essa finalidade, tendo, ainda por cima, todo o tempo do dia ocupado com o curso); para os formadores os valores máximos hora passam de 43,5€ e 30€ para, respectivamente, 40€ e 27,5€; para os restantes custos  o custo máximo por formando e por hora é reduzido entre 9 e mais de 22% consoante o caso; etc. etc. (ver comparação aqui entre o despacho anterior e o deste ano).

Mas as coisas não ficam por aqui: é que ao mesmo tempo que o governo publica esse despacho normativo manda os directores do instituto público encarregue de gerir tudo isto de aplicarem muito pior. A prova está na cópia do abaixo-assinado, que recentemente nos chegou às mãos, endereçado ao Director do Centro de Formação Profissional de Viana do Castelo no qual os formandos se opõem a uma tentativa de tropedear contrato assinado anteriormente e que abaixo transcrevemos as partes mais significativas:

(...) Os formandos (...) tendo sido informados oralmente pelos técnicos de apoio social ao serviço desse Centro que acompanham este curso (...) que iriam haver alterações nos apoios sociais anteriormente acordados (nomeadamente não pagamento da bolsa no mês de férias, redução para 10% do IAS do limite máximo do subsídio de transporte para quem não usa transporte público, limitação para 85% do IAS do valor da soma do conjunto dos apoios sociais a conceder, no máximo, a cada formando, com efeitos retroactivos ao início do ano), porque haviam recebido uma comunicação do IEFP,IP sobre essas alterações que colheriam razão e suporte legal no Despacho Normativo n.º 2/2011 (...),  contestam e opõem-se a essas alterações porque:

1   assinaram um contrato com a entidade que o senhor representa legalmente que especifica com clareza no ponto 3 da Cláusula 3.ª  que é direito dos formandos da nossa condição com direito a bolsa beneficiar de período de férias de 22 dias úteis sem perda dos apoios consignados no dito contrato (facto que foi objecto de explicação no início da formação)

2   o despacho normativo n.º 2/2011 é absolutamente claro no ponto 1 do seu Artigo 5.º, “Aplicação no tempo”, em afirmar que se aplica às candidaturas que sejam aprovadas a partir de 1 de Janeiro de 2011, o que significa, como é óbvio, que não se aplica a cursos iniciados anteriormente como o nosso que se iniciou a 20 de Setembro de 2010

Igualmente questionam a actual aplicação do despacho normativo n.º 12/2010 de 21 de Maio realizada por esse Instituto que o Ex.mo Sr. legalmente representa nos seguintes aspectos:

1   ausência de pagamento do subsídio de refeição em dias em que os formandos estiveram presentes 2 ou mais horas na formação (n.º 1 do Artigo 12.º);

2   pagamento atrasado 40 ou mais dias dos apoios sociais em contradição com o n.º 3 do Artigo 14.º do mesmo despacho que proíbe expressamente a existência de dívidas a formandos, ou o que é o mesmo, a exigência da vossa parte do adiantamento por parte dos formandos de qualquer verba;

3   a arbitrariedade da exigência de documento comprovativo de compra de passe quando existe controlo de assiduidade e prova do local de morada dos formandos dado que tal exigência decorre exclusivamente de regulamento vosso e não do teor do despacho normativo (n.º 3 do Artigo 12.º)

Nesta base os formandos abaixo-assinados exigem a manutenção dos apoios sociais previstos  no contrato assinado no início do curso, questionam a interpretação que até hoje tem sido dada ao despacho normativo que rege esse contrato (despacho normativo n.º 12/2010 de 21 de Maio) nos aspectos mencionados, (...)

Ousaram iniciar a luta, concerteza ousarão vencê-la!

publicado por portopctp às 23:59
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Sexta-feira, 7 de Janeiro de 2011

Póvoa de Varzim - protecção civil, que planos e que meios?

Um novo incêndio urbano, outra vez na Av. Vasco da Gama, outra vez acima de um 10.º andar (desta, num 15.º), agora com pelo menos um ferido a necessitar de assistência hospitalar, mas na mesma com chegada rápida dos bombeiros mas sem os meios necessários, vem questionar a anarquia da planificação urbana patente na Póvoa de Varzim (e não só), pois a direcção burguesa das Câmaras permitiu uma construção de dado tipo, mas não  cuidou, como seria do mais elementar bom senso cuidar,  dos meios mínimos indispensáveis de salvamento e de combate a incêndios nesse mesmo tipo de construção.

publicado por portopctp às 23:52
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Quarta-feira, 30 de Junho de 2010

Incêndios e responsabilidades

Numa só semana ocorreram 3 incêndios em edifícios na Póvoa de Varzim e as peripécias que ocorreram no ataque aos mesmos tornaram visível a qualquer um, mesmo aos mais distraídos, que não existe uma capacidade suficiente para ocorrer eficazmente a situações de incêndio urbano.

Nos dois casos ocorridos na cidade (o mercado está a 150m do quartel dos bombeiros e a Av Vasco da Gama está a menos de 5 min de carro) os bombeiros foram muitíssimo rápidos a chegar aos locais dos sinistros mas essa rapidez de chegada não se traduziu numa rapidez de intervenção por aparente falta de meios.

Na Av. Vasco da Gama os bombeiros chegaram com mangueiras e auto-tanque e com escadas que chegariam para subir, quando muito, ao 2.º andar; ora o incêndio ocorria num 10.º andar; teve que vir um outro carro com bombeiros armados com botijas de (penso) pó químico os quais tiveram de subir os dez andares pelas escadas para combaterem o fogo; chegados ao local foi um instante enquanto debelaram o incêndio, mas desde o momento em que os primeiros bombeiros chegaram e o momento em que puderam actuar, bem que passou uma meia-hora.

No mercado a história foi semelhante, mas pior, com os bombeiros à procura de quem tinha a chave do mercado, a subirem com escadas simples ao telhado, colocando-se em risco para combaterem o fogo e a terem que chamar a auto-escada dos bombeiros de Vila do Conde.

Perante isto os distraídos da situação (PSD e CDS) e da oposição (PS) "lembraram-se" que "há mais de dez anos" que reclamam uma auto-escada para os bombeiros da Póvoa de Varzim mas, como sempre, depressa se irão esquecer. É uma evidência essa necessidade de uma auto-escada, mas igualmente é uma evidência a incúria de quem permitiu construir de determinada forma sem cuidar dos meios necessários para acudir aos sinistros que aí poderão ocorrer (convem lembrar a elevadíssima concentração de edifícios com mais de 10 andares existente na Póvoa de Varzim, existindo mesmo um deles com 28 andares, onde, não há muito tempo, houve um incêndio de combate muito difícil, apesar de ocorrido nas caves).

Para incêndios urbanos o estado de preparação é este, mas será que para incêndios florestais a situação é melhor?

Prevê-se que o ano que vem será um ano de agravamento do risco de incêndios tanto urbanos como florestais (aumento significativo da actividade solar) o que se irá fazer na Póvoa de Varzim e no resto do país em função desse aumento de risco conhecido?

No meio disto tudo ainda há a denunciar a tentativa da Câmara de responsabilizar exclusivamente os vendedores do mercado pelo ocorrido, esquecendo que, se bem que a origem do sinistro possa ter sido uma vela a um santinho e não um curto-circuito, e botijas de gás proibidas no local tenham agravado a situação, também é verdade que não existia qualquer plano como o prova o facto de os bombeiros terem de andar à procura das chaves do mercado e isso é da responsabilidade da protecção civil, ou seja, em primeiro lugar da Câmara.

publicado por portopctp às 23:15
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