Correu hoje, no tribunal criminal do Porto, o julgamento de um ex-motorista dos STCP acusado de crime de difamação contra a presidenta do conselho de administração da STCP, Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes, cometido quando ainda era motorista e presidente da Associação de Motoristas Dignos. Além disso a dita senhora afirma que essa difamação lhe causou danos não patrimoniais de valor não inferior a 10.000 euros e pediu, para além da condenação criminal do acusado, uma indemnização num valor não inferior a esses 10.000 euros.
Para além de quatro funcionários e directores, foram arrolados como testemunhas pela dita ofendida, todos os outros quatro membros do conselho de administração. Também é normal: estarem ou não a administrar a STCP, tanto faz, recebem na mesma, tudo corre normalmente senão melhor quando não estão presentes, portanto, acharam que a melhor maneira de disporem do seu tempo era a de irem depor como testemunhas neste caso. Parece ridículo. E sê-lo-ia para o senso comum de comuns mortais.
Mas vamos ao caso.
Em 7 de Janeiro de 2010 Paulo Bento (o acusado) escreveu o seguinte comentário num "post" de um blogue de um colega, sócio da mesma associação (AMD):
"Tou ctg mano... a maluca endoidou mas nós é que trabalhámos Sábados, Domingos, feriados, de dia e de noite para sustentar os ataques esquizofrénicos destes criminosos. Felizmente há luar... (não sei que quero dizer com isto, também não bato bem)".
Esse "post", de título "Desesperada", era acompanhado por uma caricatura da presidenta do CA da STCP, e tinha o seguinte teor
"Esta última atitude só demonstra desespero por parte da Administração, desespero pelo tapete estar a fugir-lhe debaixo dos pés e por consequência a ver os poleiros em perigo. A carta aberta aos utentes da Stcp, publicada no Jornal de Notícias a um Domingo que custou os olhos da cara, foi uma atitude do mais baixo que existe, tendo como único objectivo gerar conflito entre utentes e motoristas e que nada abona de positivo à imagem da empresa. Uma situação desta nunca vista numa empresa dita do Estado, só me resta concluir que a Maluca está doida e que tola quer destruir por completo a nossa empresa".
Ora no anúncio de meia página do JN que é referido, publicado dia 27 de Dezembro de 2009, e intitulado provocatoriamente de "Um Natal mais triste", o CA da STCP acusa os trabalhadores em greve de serem a causa de "defraudarem os clientes", lamenta que a greve "se baseie em diferendos sobre regras de organização do trabalho" e seja feita por quem tem "um emprego seguro, beneficia de um conjunto de regalias, recebendo pontualmente o seu salário". Se esta não é uma atitude de incitamento ao crime, portanto, classificável ela própria de criminosa e os seus autores de criminosos, nenhum acto desta natureza pode sê-lo. Quantos motoristas não foram agredidos função deste comunicado e do espalhamento destas ideias entre a que se pode chamar de "divisão selvagem" da sociedade? Mas as atitudes de fuga à lei (que de si já é o que é), para não dizer pior, por parte do CA da STCP não se ficaram por aqui. À época, o que os membros do CA chamavam de "regras de organização do trabalho" consistia basicamente em não ser permitido aos motoristas descansarem o tempo mínimo, obrigatório por lei, entre serviços, ou seja, atentavam conscientemente contra a segurança dos motoristas, dos passageiros e, também, menos importante mas ainda importante, do material circulante. E isto foi provado e a ACT autuou a STCP por essa razão. E, nesta matéria de não fazer cumprir, com a aparência de dolo (são administradores de uma empresa de transportes rodoviários de passageiros e não conhecem as leis que se reportam a essa actividade?), os requisitos mínimos de segurança, muito mais haveria a dizer...
A acção inicial foi contra os dois motoristas, o autor do blogue e autor do comentário. Agora é contra apenas o autor do comentário porque durante o processo o autor do blogue aceitou pedir desculpas à presidenta do CA e, assim, foram separados processos sendo que o desse motorista ficou suspenso.
Perante esse pedido de desculpas, o que fez o CA da STCP com a presidenta à cabeça? Mandou afixar a cada esquina das instalações da STCP uma cópia desse pedido de desculpas. Qual o significado desta acção? Todos o compreendem. Opressão! Ridículos e opressores... Agentes confessos de todos os governos burgueses! Veiculadores da tirania burguesa de Sócrates, anteriormente, e agora de Passos e da tróica. Mas tudo isto, agora e na verdade, o que pretende é criar condições internas para a aplicação do PET (alguém já o leu? Se alguém o leu sabe que, para além de ser, tecnicamente, uma pinderiquice pegada, é, do ponto de vista político, exclusivamente uma aplicação, ao sector dos transportes, da política vende-pátrias do actual governo e de opressão de Portugal pela tróica). Por isso a luta continua e continuará cada vez com maior força! Solidariedade a Paulo Bento!
Morte à tirania!
Morte à tróica!
Morte ao governo de traição Passos/Portas!
Viva um governo democrático patriótico!
1. A greve geral de 22 de Março de 2012 foi uma grande jornada de luta, de unidade e de vitória da classe operária e do povo português.
Ao contrário das greves gerais ateriores, a greve geral de 22 de Março não só não teve o apoio do Engº Proença e da direcção nacional da UGT, como foi escandalosamente combatida pelo secretário-geral e pela direcção daquela central sindical.
Contudo, a atitude de empenhados fura-greves tomada por Proença e outros dirigentes da UGT não foi de modo algum acompanhada pela esmagadora maioria dos trabalhadores filiados naquela central. Com efeito, a generalidade dos trabalhadores inscritos em organizações sindicais da UGT aderiu e participou activamente, designadamente na constituição de piquetes, na greve geral de 22 de Março.
Por um lado, o movimento da greve geral isolou os dirigentes da UGT, e, por outro, soube unir numa só e única luta os trabalhadores portugueses, independentemente das centrais e organismos sindicais onde estivessem inscritos.
A grande jornada de luta do passado dia 22 de Março deixou-nos uma primeira e importante lição: é possível organizar, desencadear e conduzir em Portugal uma greve geral, mesmo quando alguns dirigentes e algumas correntes sindicais se opõem ao desejo de luta das massas trabalhadoras.
2. Os dirigentes da UGT, muito embora isoladíssimos da sua base sindical, não invocaram um único argumento sólido para se oporem à greve geral de 22 de Março e, muito menos, para a combater, como o fizeram desde o momento em que a greve foi convocada.
Para justificar a luta que os opuseram à greve geral, Proença e outros dirigentes traidores, acantonados na UGT, nem sequer invocaram o compromisso para o crescimento, competitividade e emprego, triste documento de traição assinado com o patronato e o governo em sede de comissão permanente de concertação social.
E não invocaram o compromisso, por duas razões fundamentais: a primeira, porque a nova lei laboral, que visa impor um novo Código do Trabalho, é uma lei para a liberalização dos despedimentos e para o roubo dos salários e do emprego, que vai muito mais além, na sua ofensiva ideológica, política, económica e social contra a classe operária e os trabalhadores, do que o texto de traição assinado por Proença; e por outro lado, porque aquilo que efectivamente Proença vendeu ao governo e ao patronato não foi apenas – e já seria intolerável! – o despedimento sem justa causa, o roubo de uma semana de trabalho não pago, o roubo de salários e o pacote individual de horas a controlar pelo patrão, mas também e sobretudo vendeu, e não quer que ninguém o saiba, o próprio direito à greve, por tempo indeterminado.
A grande jornada de luta do passado dia 22 de Março levou ao completo, definitivo e total desmascaramento de Proença e da direcção nacional da UGT, como instrumentos de traição do movimento sindical e das greves operárias.
Esta é a segunda lição da última greve geral, igualmente da maior importância para o movimento operário e revolucionário em Portugal.
3. A greve geral de 22 de Março representa, do ponto de vista qualitativo e político, uma vitória muito mais importante do que a grande vitória da greve geral de 24 de Novembro, ainda que o número total de trabalhadores envolvidos possa ter sido inferior, como o foi.
Com efeito, foi menor a participação dos operários e trabalhadores das empresas privadas (Palmela furou a greve e não é filiada na UGT, mas sim na Intersindical e baseada na aliança PCP/BE), e não houve greve nas regiões autónomas.
Acontece, porém, que a greve geral do passado dia 22 de Março impôs uma derrota política esmagadora ao governo, ao patronato e aos seus lacaios no movimento sindical.
A greve geral de 24 de Novembro havia mostrado que o governo, apesar de se ter constituído na base de uma maioria parlamentar, tinha perdido definitivamente a maioria sociológica em que alegava assentar, dado o apoio do PS ao memorando da Tróica; mas a greve geral de quinta-feira passada (22 de Março) arrancou ao governo e ao patronato a maioria política com que julgava contar, baseado no apoio dos traidores das direcções do PS e da UGT.
Neste momento, a greve geral concedeu aos operários e trabalhadores portugueses uma maioria política de combate, que conduzirá directamente, se bem orientada, à derrota e á demolição do governo PSD/CDS.
E esta é a terceira lição a extrair daquela grande jornada de luta.
4. A vitória obtida na grande jornada de luta de 22 de Março é uma vitória do movimento operário e sindical português.
Não é uma vitória da Intersindical nem dos revisionistas do PCP, nem dos oportunistas do Bloco dito de esquerda.
Toda e qualquer tentativa da Intersindical e do PCP para reivindicar essa vitória significa uma distorção grave do sentido da luta operária e sindical e será o primeiro passo para a derrota desse grande movimento grevista.
Esta lição da última greve geral é da máxima importância para o futuro.
5. É, pois, com apreensão que os trabalhadores grevistas, depois de uma jornada de luta sem quartel e no meio de doridos sacrifícios pessoais e familiares, vêem a sua vitória contra o novo Código do Trabalho e contra o governo de traição nacional PSD/CDS, transformada num pindérico pedido de conversações com o primeiro-ministro, para discutir – imagine-se! – a proposta de aumentar um euro por dia ao salário mínimo nacional, tal como, na noite do fim da greve, propôs o novo secretário-geral da CGTP-Intersindical.
Essa proposta é uma proposta de traição à grande vitória obtida na greve geral de 22 de Março.
A Intersindical não é dona da vitória na greve do dia 22 de Março; e não tem mandato dos trabalhadores grevistas para negociar com o governo um caderno que nunca apareceu, até a greve acabar, como o caderno reivindicativo e sindical da greve.
Conhecemos demais os revisionistas, para saber que as suas entradas de leão nas lutas das massas escondem a estratégia encapotada das saídas se sendeiro e da entrega ao patronato.
Não há nada a dizer ao governo de traição nacional PSD/CDS, que as greves gerais anteriores, e sobretudo, a greve geral de 22 de Março não tenham dito: o governo para a rua; morte ao novo Código do Trabalho, ou seja, aos despedimentos, ao roubo dos salários e do trabalho, e tudo por um novo governo democrático patriótico.
A greve do passado dia 22 de Março foi uma greve política contra o governo; não foi uma greve por um miserável aumento de 1€ por dia no salário mínimo nacional.
A ir por onde vai, a Intersindical está a seguir o caminho da UGT e Arménio Carlos está a transformar-se no irmão gémeo do traidor Proença.
Tal é também uma importante lição a extrair da natureza das tergiversações políticas do PCP e da Intersindical no decorrer da greve geral de 22 de Março.
6. O significado político da vitória obtida na última greve geral impõe um estudo aprofundado e uma reapreciação táctica não das tarefas, mas das formas de luta a promover para o desenvolvimento do movimento sindical e do movimento operário em Portugal.
O nosso objectivo imediato – o objectivo dos operários e das massas trabalhadoras – é o derrubamento do governo de traição nacional PSD/CDS e a sua substituição por um governo democrático patriótico, que reagrupe todas as forças democráticas, saído de eleições, com um programa bem definido, que repudie o pagamento da dívida, nacionalize a banca e as principais empresas produtivas, rejeite e revogue toda a legislação laboral em discussão no parlamento para votação na próxima Quarta-feira e proponha o desenvolvimento económico do país, como forma de combate imediato ao desemprego e de promover os direitos económicos e sociais dos trabalhadores.
Haverá, com certeza, mais greves gerais em agenda, mas tais greves devem obedecer a uma cuidada e intensa organização, de modo a desferir no governo golpes cada vez mais incisivos e demolidores.
As greves gerais ou sectoriais em perspectiva devem obedecer a uma direcção política própria, não meramente sindical, mas estruturada em comissões de trabalhadores unitárias, obviamente com representação sindical.
Há todavia muitas outras formas de luta, não unicamente sindicais, que devem ser organizadas pelos trabalhadores, com o objectivo imediato de se oporem às novas leis laborais, ao roubo de salários e ao roubo de trabalho, aos despedimentos e ao empobrecimento das massas.
Estão entre essas formas de luta, algumas já usadas designadamente pelos maquinistas da CP, as greves às horas extraordinárias, ao aumento da jornada de trabalho, assim como as greves sectoriais, mas também outras formas de luta, como os plenários de trabalhadores por empresa, por sector ou por oficina, para discutir a situação e adoptar medidas concretas de luta.
Todas as formas de luta, e não apenas a greve ou a greve geral, são legítimas, quando os trabalhadores têm de fazer face a medidas ilegais e ilegítimas do patronato e do governo.
7. As últimas greves gerais – e não apenas a de 22 de Março – mostraram muitas mazelas no movimento sindical português, a que é preciso pôr cobro e contra as quais há que lutar empenhadamente.
Há uma fraca sindicalização dos trabalhadores portugueses, que resulta de muitas causas nunca suficientemente analisadas.
Por um lado, a burocratização do movimento sindical e o controlo apertado de verdadeiras máfias dirigentes afastam os trabalhadores dos sindicatos; mas também, e sobretudo, o ataque do patronato aos sindicatos e ao tipo precário das relações de trabalho estabelecidas, acabam por afastar ainda mais os trabalhadores.
8. A grande vitória política obtida com a última greve geral impõe uma reapreciação táctica.
O PCTP/MRPP e a linha sindical Luta-Unidade-Vitória devem intensificar o combate contra o oportunismo no seio do movimento sindical, lutando pela imposição de uma orientação política global revolucionária, fundada no reforço da unidade das massas trabalhadoras.
Deve lutar-se, por um lado, pela sindicalização em massa dos trabalhadores portugueses ainda não sindicalizados, constituindo tendências sindicais nos sindicatos já existentes e, sempre que for possível, novos sindicatos autónomos, que seguindo com energia e determinação as lições da última greve geral e os ensinamentos das greves gerias anteriores, contribuam para constituir, consolidar e reforçar um movimento sindical revolucionário, como os trabalhadores portugueses o têm estado a exigir nas suas lutas.
O Comité Central
A “coragem” do governo Coelho/Portas/Cavaco não dá para mais: ao anunciar os novos aumentos de preços dos transportes, o secretário de estado, ao mesmo tempo que veio dizer que eles seriam de 5%, veio também dizer que o passe andante no Porto baixava 50 cêntimos para 36 euros. Mais reles manobra não poderia haver. E, das duas, uma: ou em Agosto houve um “erro técnico” de 2€ (0,50 + os 5% de agora) e o governo o que tem que fazer é devolver esses 2€ por mês a quem comprou passe Z3; ou é uma confissão de derrota política perante a exigência popular de revogação dos aumentos de Agosto. Ou então é as duas coisas: “erro”/fraude técnica e derrota política.
Mas o que este governo de sátrapas, com a ajuda da imprensa vendida, quer fazer passar com essa comunicação é que é tecnicamente competente e socialmente piedoso. Ora a maior parte dos utilizadores, mesmo os pobres, vão ver os preços dos transportes públicos aumentar entre 6 e 60%(‼!) (todos os passes andante, especialmente os sénior e estudante, com excepção do Z3, e praticamente todos os bilhetes soltos vão ter aumentos dessa natureza e preparam novos aumentos já para Julho ). Ou seja, neste governo, a tirania e a cobardia dominam nos actos e a mentira domina nas palavras.
Não contente, acrescenta ainda ao argumentário que o preço do passe para a cidade do Porto irá ser igual ao do passe da cidade de Lisboa (percebe-se onde quer chegar…), mas “esquece-se” que o passe para ser equivalente em área servida e em quilómetros.lugares oferecidos, devia ser, não o Z3 mas o Z8, e este passa a custar não 36 mas uns “módicos” 83€ !
Portanto não se trata só de vileza e cobardia, é também um embuste próprio de quem, sentindo-se acossado pela ira popular e tremendo só de pensar que irá ser justamente varrido, queima cartuchos em truques e manipulações para esconder o que na realidade está a fazer.
De igual desvergonha são as manobras do governo quanto aos trabalhadores. Aqui, também o mando é da tróica germano-imperialista. O objectivo é a venda, a preços de saldo e garantia de lucros abundantes aos compradores, das empresas públicas do sector. Trabalho forçado, redução de salários e despedimentos são o ponto governamental para limpar a situação de “falência técnica” das empresas públicas de transportes colectivos, como se fossem os trabalhadores a causa. Mas são os próprios a reconhecer a gestão danosa das sucessivas administrações nomeadas entre comparsas do PS, do PSD e do CDS. E igualmente reconhecem que as políticas de todos os governos passados do PSD ao PS, acolitados ou não pelo CDS, foram de desorçamentação dos investimentos no sector e do consequente endividamento gigantesco dessas empresas. Ora não é a estes responsáveis que impõem sacrifícios…
Mas “gestão danosa” do espaço da cidade e da própria “economia do país” é o que vai continuar a acontecer: a política actual de privilegiar o transporte individual (os custos de operação do transporte individual passarão a ser, em muitos casos, menores que o preço em transporte colectivo), trará, no mínimo, acréscimos de custos nas importações de combustíveis e automóveis, no tratamento das consequências do aumento de poluição e forte diminuição das tão procuradas “produtividade” global e “competitividade do país”. Ou seja, teremos o desastre total, no que concerne ao país e aos trabalhadores, para benefício exclusivo de credores agiotas, de capitalistas rentistas e do capitalismo como sistema.
Daqui resulta que, se os utilizadores e os trabalhadores dos transportes públicos colectivos têm o mesmo inimigo que é este governo vende-pátrias, então devem unir-se e apoiar-se mutuamente nas suas lutas.
Assim, o PCTP/MRPP conclama os trabalhadores dos transportes a apoiar:
• as reivindicações dos utilizadores à revogação dos aumentos de Agosto e dos novos aumentos, particularmente nos passes de estudante e sénior, e contra a degradação da rede e horários;
• as formas de luta por estes adoptadas, nomeadamente o boicote ao pagamento dos transportes, e todas as outras que venham a adoptar.
E, igualmente, o PCTP/MRPP conclama os utilizadores de transportes colectivos a apoiar:
• as lutas dos trabalhadores dos transportes contra o PET, os despedimentos, o trabalho forçado, a redução de salário, nomeadamente o roubo dos 13.º e 14.º meses, e o nojento acordo da Concertação Social;
• as formas de luta por estes adoptadas, nomeadamente a greve de dia 2 de Fevereiro, a greve às horas extraordinárias dos maquinistas, e todas as outras que venham a adoptar.
E, tratando-se, não de medidas isoladas especificamente para o sector dos transportes contra utilizadores e trabalhadores, mas de medidas enquadradas num plano capitalista de subjugação e opressão da classe operária e do povo, no qual o recente acordo de Concertação Social é uma peça chave, o PCTP/MRPP chama tanto os utilizadores como os trabalhadores do sector a convocar a GREVE GERAL NACIONAL contra o acordo e pela queda deste governo e a sua substituição por GOVERNO DE ESQUERDA, DEMOCRÁTICO PATRIÓTICO, que tenha como primeira medida a expulsão da tróica e o repúdio de uma dívida que não foi contraída pelo povo nem o beneficiou, e que prossiga uma via de desenvolvimento do país.
MORRA O ACORDO DA CONCERTAÇÃO SOCIAL!
GREVE GERAL NACIONAL!
NÃO PAGAMOS transportes até à revogação dos aumentos!
FORA COM ESTE GOVERNO VENDE-PÁTRIAS!
POR UM GOVERNO DE ESQUERDA, DEMOCRÁTICO PATRIÓTICO!
28 de Janeiro de 2012
Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP
A reboque da nova desculpa para tudo, imposição da tróica, o governo prepara-se para dar mais uma machadada no já periclitante sector dos transportes públicos.
Com a falta de vergonha que se lhe reconhece, o governo anunciou aumentos médios de 15% nos preços dos passes sociais e restantes títulos de transporte ao mesmo tempo que, na realidade, os aumentava entre os 15 e os 30%. Seguindo as recomendações da tróica, estes senhores colocam assim em marcha mais um processo de privatização à moda do PS/PSD/CDS que terá, como todos os outros, um final desastroso, quer para os utilizadores do serviço, quer para os próprios trabalhadores.
Como se isto não fosse já suficiente, o governo entendeu que deveria criar um passe para “os mais desfavorecidos”, combatendo assim, dizem eles, as injustiças sociais no acesso à mobilidade. Entenda-se, porém, que esta “benesse” carece de explicação: é nada mais, nada menos que uma tentativa, por um lado, de rebaixamento e amordaçamento daqueles que pouco ou nada têm para viver, fazendo com que a sua dependência destas “esmolas” seja cada vez maior e, por outro, de controlo social da pior espécie. E nada melhor do que estes versos de um autor português bem conhecido para explicar esta pantominice que está a ser levada a cabo que põe em causa a igualdade e que acrescenta uns tiques fascistas a todo este triste episódio: “num gesto largo, transbordante, dei-lhe(s) tudo o quanto tinha, excepto, naturalmente, o que estava na algibeira onde tenho mais dinheiro (…) romantismo sim, mas devagar”.
Perante afrontas deste calibre, a resposta só pode ser uma e tem de ser firme e sem hesitações: NÃO PAGAMOS!
Os trabalhadores e o povo português não têm de pagar as facturas que tendo sido contraídas em seu nome, o foram nem em seu benefício nem com o seu consentimento. Os trabalhadores e o povo português têm de se erguer e dizer com viva voz a estes senhores que o seu reinado de trapalhadas e mentiras chegou ao fim! Os trabalhadores e o povo português têm de uma vez por todas que saber dizer NÃO!
NÃO PAGAMOS AS AVENTURAS E OS NEGÓCIOS NEO-LIBERAIS DO GRANDE CAPITAL! NÃO PAGAMOS A DESTRUIÇÃO DO NOSSO PAÍS!
NÃO PAGAMOS ESTES AUMENTOS ABUSIVOS!
FORA COM ESTE GOVERNO VENDE-PÁTRIAS!
POR UM GOVERNO DEMOCRÁTICO PATRIÓTICO!
Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP
28 Julho de 2011
Não pagar bilhete é legítimo! Mais legítimo do que os aumentos propostos! Mais legítimo do que o poder deste governo! Mais legítimo do que o memorandum da tróica! NÃO PAGAMOS ATÉ À REVOGAÇÃO DOS AUMENTOS! |
A pequena vitória para o povo de Vilar de Andorinho, principalmente o de Vila d'Este, aqui noticiada demonstra que lutando se podem obter vitórias. Agora é preciso manter a vigilância, dar força nas eleições às posições populares e, logo após as eleições, voltar à luta e não esperar pelo fim de Julho (data para a qual foi adiada a modificação da situação do transporte público das linhas 900, 905 e 907) para tomar as iniciativas que levem, no mínimo, à manutenção da situação actual do transporte público. Essa é a luta da aprendizagem de governo que o povo tem que fazer! O exemplo está a ser dado pelos proletários. As restantes camadas populares segui-los-ão.
Encontra-se, a administração dos STCP, muito feliz com o serviço que essa empresa presta aos passageiros na área da sua concessão, nomeadamente após os “ajustes necessários” à “nova rede” (agora já com nove meses). Sonharam, com certeza, e tomaram os seus sonhos pela realidade. Ou então, o que é bom para eles, não é bom para os passageiros.
Todos ao Protesto na BATALHA!
(convocado pelo MUT-AMP)
1 de Outubro, às 18 horas
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